Capitulo 23

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Maya começou a sentir-se observada em todos os lugares a que ia

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Maya começou a sentir-se observada em todos os lugares a que ia. Começou certo dia, numa manhã bem cedo quando entrava na Teqron acompanhada de perto por Rafe. À princípio pensou estar ficando paranoica depois de terem sofrido tanta perseguição por parte da imprensa. Mas a sensação prolongou-se por mais tempo que ela achava devido e estendeu-se a lugares em  que antes ela estava livre de paparazzi. Sempre que andava pelas ruas, fazia compras, visitava seus pais ou os avós de Rafe. Era incômodo, pesado, sempre estava olhando por cima do ombro desconfiada. Mas não queria andar com um exército de seguranças na sua cola, sentia-se invadida em sua privacidade. Achava que seria melhor marcar uma consulta com a Doutora Anna Campbell provavelmente isso era alguma sequela dos recentes eventos que vivenciaram. E apesar da estranheza da situação, não comentou nada com Rafe, não queria preocupá-lo por uma cisma a toa sua.

Ela simplesmente estacou petrificada, naquela ensolarada manhã de sábado, enquanto andava de mãos dadas com Rafe pelo parque próximo à sua casa. Tinham resolvido tomar o café da manhã num pub ali perto. A mulher vinha em sua direção, com o passo decidido e um sorriso radiante no rosto, sem titubear uma única vez, parou em frente a eles.

A mulher não era muito mais alta que Maya, os grandes olhos azuis claro brilhavam com entusiasmo, os longos cabelos loiros presos num rabo de cavalo desleixado.

— Não vai dizer "oi" para a tua mãe, menina? Kate a repreendeu com um tom de voz autoritário. — Será que Ewan não te educou para ser a princesa que ele tanto queria?

A resposta veio rápida  e insolente como de costume — Você deveria lavar essa boca imunda antes de falar do meu pai.

O olhar dela estava cravado em Rafe, a mulher só faltava salivar, não tinha a mínima vergonha de ocultar seu desejo. Pelo jeito não importava que ele fosse comprometido, ela o cobiçava descaradamente. — Como ele é bonito! Disse medindo Rafe da cabeça aos pés, em seu olhar podia-se notar a luxúria que transbordava deles. A muito custo conteu-se para não tocá-lo.

— Disso eu já estou cansada de saber.  Maya respondeu abrupta, não dando chances para gracinhas inconvenientes.

— Kate McAllister. Ela estendeu, de forma sedutora, a mão cheia de anéis para Rafe.

Ele olhou de uma para a outra sem saber o que fazer. Sentia Maya tremer, podia ouvir seus dentes rangendo. Sabia que ela fervia com a raiva que sentia, porque tinha a sua mão sendo esmagada por ela de modo constante e eficaz. Imaginava se ela seria capaz de corta-lhe a circulação sanguínea de seus dedos.

— Vamos deixar de ser hipócritas. Maya interrompeu sua linha de pensamento. — Simplesmente não é possível ter um momento "família feliz". A Senhora McAllister não vai cair na minha vida de paraquedas, depois de tantos anos e querer ter uma intimidade, que não existe, comigo. E veja se não é incrível, a culpa é só dela.

— Maya, querida... Kate usou um tom e um gestual como se ela fosse a vítima incompreendida.

— Querida a tua porra. Maya sibilou entre os dentes, rezando para que não tivesse nenhum paparazzi rondando por ali. — Eu não sou tua querida. E continuo  achando que você é uma covarde.

Chama Indômita - CompletoWhere stories live. Discover now