Maya Kendrick é a poderosa CEO de uma multinacional britânica, com sede em Londres. Arredia, dura e incisiva, seu esporte favorito é aterrorizar seus funcionários. A única extravagância que ela se permite é sair para as baladas mais concorridas da...
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Maya acordara naquela manhã de primavera muito mais cedo do que o habitual. Estava farta de dar voltas sem fim na cama e acabar despertando Rafe que dormia o sono dos justos ao seu lado. Levantou o braço tatuado que envolvia a sua cintura e saiu da cama em direção à sala de ginástica. Talvez exercícios ritmados e constantes acalmassem a angústia inexplicável que a acometera. Mas mesmo depois de correr oito quilômetros na esteira a sensação de que algo estava muito errado não lhe abandonou.
O dia estava radiante, do alto de sua sala, os parques ao fundo viam-se muito verdes e com alegres salpicos de cor-de-rosa das florescentes cerejeiras em grandes maciços centrais.
Parecia arrastar-se eternamente durante as horas e estava estranhamente inquieta e desatenta naquela tarde. Durante o almoço, Mal tocara em sua comida, deslocando-a de um lado a outro do prato com o garfo insistente, sentia o estômago embrulhado demais para ter apetite.
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Emma andava impaciente de um lado para o outro da sala naquele final de tarde. Consultava o relógio de pulso a cada minuto como se houvera passado uma eternidade. O tapete sob seus pés já se viam desgastados onde ela insistentemente imprimia a marca de seus pés.
— Querida esposa, eu juro que se você der mais uma volta nesta sala, vou te amarrar a uma cadeira até a hora do jantar.
Ela o mirou apreensiva abrindo demasiado os olhos e a boca numa expressão atônita, não acreditando que ele cumprisse o prometido. Mas não ousou responder ou contrariá-lo, alcançou a sua xícara de chá e tomou um pequeno gole do liquido confortante.
— E se a Maya nunca mais olhar para mim? Perguntou com desespero no olhar.
— Para nós, não é mesmo querida. Nós quatro estamos metidos nessa até o pescoço.
— Mas a ideia inicialmente foi minha.
— Ela não precisa saber disso. Eu achei a ideia muito boa, nunca tinha pensado sobre isso, mas também com tantos problemas que tivemos com ela.
— Se acalme, por favor, Emma. Iris a tranquilizou com um tapinha amigável no dorso de sua mão seguido de uma afago carinhoso. — Vai dar tudo certo.
— Deus te ouça! A última coisa que quero é discutir com minha filha as vésperas de seu casamento.
— Olha, se vocês acham que vamos incomodar ou até mesmo causar uma discussão na família podemos ir embora agora mesmo. A mulher precocemente envelhecida e mal tratada pela vida difícil que teve, interrompeu a discussão, a voz falhou insegura.