Capítulo 22 - Segunda Parte

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Meninas,

Eu sinto muito pelos últimos atrasos, mas infelizmente minha rotina mudou muito do fim do ano para cá.

O trabalho tem consumido grande parte do meu tempo precioso. Quase não me tem sobrado tempo disponível para escrever como eu gostaria.

Espero contar com a compreensão de vocês.

Beijos,

Nina

Fazia algum tempo que Maya e Rafe não apareciam no escritório

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Fazia algum tempo que Maya e Rafe não apareciam no escritório. O circo que a mídia havia montado não lhes permitia muita liberdade de movimentos. Então foi com alegria que receberam a notícia de que as fotos deles foram retiradas do ar, já que se constatou que obviamente era um momento íntimo, dentro de uma propriedade privada e a sordidez de tudo isso, entre quatro paredes.

Subiram os quarenta e um andares num silêncio contemplativo e confortável. Foi com surpresa que verificaram que o andar estava decorado com faixas e balões de boas-vindas para eles e também para os bebês Roberts.

Theo logo se aproximou deles e os cumprimentou com formalidade.

— Bom dia, Senhorita Kendrick. Seja bem-vinda!

Ela retribuiu a saudação com uma leve inclinação de sua cabeça. — Obrigada, Senhor Parker. Te espero em cinco minutos na minha sala.

— Sim senhora. Com a tua xícara de chá e a agenda do dia.

Ela concordou com um sorriso discreto, virou-se e rumou em direção à sua sala.

— Mitchell o que você fez com com o terremoto de nove pontos no escala Richter? A mulher parece um gatinho manso.

Rafe riu gostosamente do comentário de Theo. — Se eu fosse você não acreditava nisso.

— Você domou essa mulher, cara. Me ensina a técnica.

Rafe o olhou no fundo dos olhos, contemplando-o com toda a profundidade que possuía e, com a voz tranquila continuou — Amor, cuidado só isso. Ele admitiu sem um pingo de vergonha por expor assim o seu coração. — Doses de paciência, tolerância. Ela só precisava de uma válvula de escape e, eu dei isso a ela.

— Isso que vocês têm é raro. É muito difícil de encontrar.

— Não acredito nisso. Se as pessoas fossem menos egoístas e se doassem mais, ouvissem mais e falassem menos sobre si próprios. Muitas pessoas com relacionamentos mal sucedidos se utilizam muito de um monólogo ufanista, monopolizam os diálogos com o discurso do eu. Como isso pode dar certo? Pessoas assim são vampiros atrás de elogios e tapinhas solidários nas costas para as suas ações egoistas.

Theo concordou interessado. — É verdade isso. É tão chato "conversar" com uma pessoa assim. Theo sinalizou com os dedos o sinal de aspas.

Rafe prosseguiu. — Um relacionamento nunca é fácil, amar uma mulher nunca é fácil, o caminho geralmente é tortuoso e alguns espinhos dolorosos, mas te garanto que vale muito a pena. Eu pelo menos acho que vale.

Chama Indômita - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora