Capítulo 28

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Ela se sentia dolorida em lugares que nem sabia que tinha e lhe deixavam uma deliciosa lembrança do que tinham feito àquela manhã e, o calor da água lhe dava certo alívio

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Ela se sentia dolorida em lugares que nem sabia que tinha e lhe deixavam uma deliciosa lembrança do que tinham feito àquela manhã e, o calor da água lhe dava certo alívio.

Secaram-se e trocaram-se em silêncio, observando um ao outro enquanto um sorriso, vez ou outra, lhes despontava cúmplice nos lábios.

Rafe se aproximou e seu nariz tocou o dela numa carícia delicada. A conexão poderosa que tinha com ela era o que havia procurado durante toda a sua vida. Apesar das diferenças entre eles, ela havia se tornado sua melhor amiga, sua amante, sua amada mulher.

As mãos dela subiram e seguraram seu rosto, acariciando-o com os polegares. — Amo você, Rafe, com todo o meu coração.

— Oh, Sweetheart! Também amo você.

Maya fechou os olhos e aconchegou-se em seu ombro, inspirou profundamente deixando que aquela paz invadir lhe pouco a pouco. Mas quando voltou a abri-los, o caos que estava aquele quarto inundou seus sentidos com violência.

Depois de ter sido abandonada por sua mãe, a organização estrita de suas roupas e sapatos, objetos e horários foi o que a manteve sã. Ou pelo menos era o que ela achava. Era disciplinada em tudo o que se propunha e extremamente competitiva. Mesmo sendo tão jovem, tornou-se obcecada por limpeza, catalogação e controle. Aquele quarto era uma agressão a tudo o que ela considerava correto.

Desvencilhou-se do abraço de Rafe e, procurou frenética por um cesto de lixo.

— Você pode me explicar o que está fazendo? Ele perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Se nós vamos ficar aqui, isso tem que sair! Vai me ajudar ou vai ficar só olhando com essa cara de tonto?

— Okay, mas não precisa falar assim comigo! Ele disse calmo, sem se alterar.

— Me desculpe, por favor. Não foi minha intenção te ofender.

— Eu sei que não, mas pense antes de falar Maya. Um dia desses eu posso estar de mau humor, mas hoje alguém me deixou muito feliz. Ele a advertiu carinhoso.

Desfizeram-se de toda aquela porcaria. As velas, os incensos, as pétalas de rosas artificiais todos foram para o cesto sem um segundo pensamento. O edredom de oncinha e a horrenda roupa de cama foram os próximos a serem expulsos, sendo jogados escada abaixo no sofá da sala.

— Deve ter roupas de cama limpas no armário do corredor que liga os dois quartos. E lá embaixo deve ter toalhas de limpeza e um balde e um esfregão para tirar esse cheiro!

— Já não está tão ruim! Nós deixamos todas as janelas abertas durante toda a manhã e já melhorou bastante.

A cara que ela fez não admitia discussões e Rafe desceu atrás dos produtos de limpeza, enquanto ela arrumava a cama com lençóis e cobertores brancos e lisos. E depois de limpar os móveis e piso, passar um aromatizador de ambientes com um cheiro neutro e manter as janelas abertas foi que se deu por satisfeita. Agora estava tudo como ela gostava, limpo, fresco e confortável.

Chama Indômita - CompletoWhere stories live. Discover now