Capítulo 27 [2ªparte]

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Lia


Passei toda a manhã seguinte com Enzo, o que me deixou um pouco admirada, já que ele sempre ia trabalhar o dia inteiro. Ele fez mesmo questão de passar a manhã comigo. Fomos até à cidade de Porto, tomámos o pequeno-almoço numa pastelaria, passeámos um pouco pela cidade e almoçamos num restaurante à beira mar. O dia estava maravilhoso, pois não estava vento e estava sol, apesar de ainda ter aquele frio de inverno.

Mais tarde fomos em direcção à sua empresa de segurança. Não questionei o seu pedido possessivo, pois não valia a pena enfrentar Enzo e também tinha uma certa curiosidade, e gostava de conhecê-la. Por isso que eu já estava vestida com um vestido preto, leve e curto, bastante simples, tinha vestido um casaco de malha grande e clássico beje, e uns saltos altos da mesma cor, tal como a minha bolsa. Estava vestida de forma mais clássica, e quem não me conhecesse diria que eu era uma empresária qualquer toda chique.

Já Enzo estava vestido com o seu clássico visual de ator Hollywood, com um smoking preto, uma camisa social branca e uma gravata preta a condizer com os seus sapatos elegantes.

Demoramos menos de 10 minutos a chegar à empresa no seu mercedes cla branco, pois ficava na cidade. Ao sairmos do carro, logo outro carro preto estaciona ao nosso lado e 2 capangas vestidos de preto saem do mesmo. Eram os seguranças que nos acompanharam de longe desde o início da manhã, e Victor era um deles. Acenei-lhe por respeito.

Quando olhei para o meu lado direito quase que desmaiei de vertigens. O edifício era enorme, todo revestido por janelas que reflectiam a luz do sol e no cimo tinha o logo da empresa.

Na entrada do edifício, dizia '' Dominick Enterprise Security ''. Não sei como nunca ouvi falar disto... Talvez porque eu morava em Braga e mal conhecia as empresas em Braga, quanto mais as do Porto.

Entramos de mãos dadas pelas grandes portas de vidro automáticas e passamos pela recepção. Era notável o receio que os seus empregados tinham por Enzo, pois cumprimentavam-no quase a gaguejar. Mas todos andavam bem vestidos, todos de forma clássica e chique.

Maior parte das pessoas ficavam impressionadas quando reparavam em mim pois nunca lá tinha ido, e se calhar nem sabia quem eu era. Talvez ficavam assim porque andávamos de mãos dadas e com alianças no dedo.

Entramos sozinhos num elevador grande que dava uma música calma. Os botões dos andares marcavam até ao número 25, onde dizia Diretoria. Mas antes de lá chegarmos ao seu escritório, Enzo mostrou-me alguns andares: havia cerca de 15 andares só de escritórios, mas claro que só fomos a um pois Enzo garantiu-me que eram todos iguais no que dizia ao número de salas e tudo mais; também me mostrou uma cantina para todos os funcionários, a pensar neles; tal como o andar com a pré onde os seus funcionários podem deixar os seus filhos; o bar e a área de lazer junto do mesmo, com muitos sofás, mesas...; o ginásio gratuito; cerca de 5 andares eram apenas para os seguranças contratados, onde faziam os seus treinos, por exemplo.

Todos sempre nos cumprimentavam e eu já estava tão habituada aos olhares de surpresa ou de confusão dos mesmos, que quase nem reparava.

Finalmente chegamos ao andar da diretoria e o que se passou a seguir apanhou-me completamente de surpresa.

A loira platinada, toda bem vestida e cheia de jóias, estava a reclamar com a morena sentada atrás da sua mesa, era a secretária. Não entendi bem do que reclamavam, mas a morena tinha um ar assustado, talvez porque a loira quase gritava com a rapariga e a deixava indefesa.

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