O Meu Gangster

Capítulo 34

Vídeo/Música: Burn It Down dos Linkin Park

Gente desculpem ter atualizado de novo mas é que a última parte não apareceu e eu não sei porquê. :/

Estamos a chegar ao final!! (:(

Lia

Colocava o computador portátil de volta na secretária, no escritório de Enzo, quando o mesmo chama por mim.

- Já vou! – Falei um pouco mais alto para que ele me conseguisse ouvir.

Tinha acabado de conversar com a Gabi e com a Kate há menos de 5 minutos, e as saudades, em vez de diminuírem, aumentaram. Já sentia falta das nossas tardes juntas, até de fazer compras, algo a que eu nunca fiquei habituada e que nunca tinha gostado lá muito. Mas com a companhia delas as duas, as compras foram-se tornando um hobby, mesmo que eu não comprasse nada para mim, eu gostava era de estar acompanhada pelas minhas únicas amigas e confidentes.

Caminho de volta para a sala de estar e observo em volta à procura de Enzo. Ele não estava nem na varanda nem no andar de baixo. Apresso o meu passo pelas escadas de madeiras, decoradas por um tapete liso e bege.

Entro no nosso quarto e deparo-me com um Enzo agitado, de telemóvel na mão e a andar de um lado para o outro.

- O que se passa? – Murmuro de cenho franzido, observando-o atentamente.

Enzo senta-se sobre a cama, pousando o seu iPhone ao seu lado e, de seguida, ergue o seu olhar até mim.

- Vou ter que ir a Itália. – Murmurou rouca e sério. Caminho calmamente na sua direcção e sento-me ao seu lado, sobre a cama.

- O que aconteceu? – Olho-o calmamente, mas lá no fundo eu estava nervosa e com algum receio do que ele poderia dizer a seguir.

- Robert foi preso e foi o meu irmão que o conseguiu apanhar. Daniel ia a caminho do aeroporto para apanhar o voo para Portugal, mas ao que tudo parece, Robert impediu-o quando Daniel fez uma paragem numa central de serviço para lanchar. Andaram à pancada. – Fala rapidamente e leva a sua mão ao seu cabelo, como sempre fazia, num ato de nervosismo.

Arregalo os olhos enquanto o observo, tentando exprimir uma calma que não tinha.

- Está tudo bem com o teu irmão? – Falo preocupada e levo a minha mão ao seu queixo, fazendo com que Enzo me olhasse. – Ele está bem?

- Partiu o braço e tem alguns hematomas. – Fala. – Por isso que tenho que ir a Itália. Robert está preso, mas ele pode ter aliados. Mas não é só isso que eu temo. – Levanta-se, voltando a pegar no seu telemóvel e olha-me mais uma vez. – Eu tenho aliados das gangues de alguns países como te referi, mas não quer dizer que eu possa confiar neles. E agora com o Robert na prisão, o meu irmão está só, em Itália, e não quero que lhe aconteça nada. Eles podem quebrar promessas e podem atingir-me através das pessoas que me são próximas.

Levanto-me suspirando.

- Isso quer dizer o quê?

- Que neste tipo de negócios não há amigos. Eu até posso estar a exagerar, mas em breve eu posso ser o próximo a morrer ou então estarei à frente do Estado da Direita. – Murmura calmamente. – Isso já aconteceu uma vez e se se repetir, não irá ser comigo.

- Como assim Enzo? – Olho-o. – Eles iriam unir-se e matar-te? Para ficarem com o teu lugar? Para quê?

- Tudo por ganância Lia. O ser humano é assim mesmo!

- E como é que as gangues iriam ficar com o teu poder? Iriam autodestruir-se? Não faz sentido.

- Eles normalmente elegem alguém, o que mais lhes convém. Mas também posso estar a fazer uma tempestade num copo de água. – Caminha até mim e leva as suas mãos ao meu rosto. – Victor vai levar-te para Porto. Eu vou para Itália e volto assim que puder.