As notícias não são boas

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O clima estava completamente perfeito essa manhã, o sol brilhava em Londres e um vento calmo soprava o suficiente para movimentar os longos cabelos de Harry que agora tirava alguns fios do rosto enquanto me lançava um sorriso de covinhas, encostado em seu carro a minha frente.

Nos últimos dias coisas como ser cumprimentado pela manhã com beijos do rosto que me faziam corar e conversar com Harry durante os intervalos e ao final da aula se tornaram comuns.

Eu ainda recebia olhares atravessados e inquiridores dos outros, provavelmente por eles terem certeza de que estávamos juntos e por acharem que alguém com um discurso como o meu não poderia ter alguém.

Ou pior, perguntando a Harry como ele aguentava escutar eu falar tanta besteira sobre os alfas e ter esses pensamentos mais liberais. Uma vez escutei um dos colegas de sala de sua irmã dizendo que ele deveria me tirar da faculdade e me dar uma surra por ser tão atrevido.

Minhas pernas amoleceram e meu coração se apertou só de imaginar as coisas que o ômega desse monstro que se sentia superior passava. Mas o que realmente me animou foi a resposta de Harry, ele foi firme ao dizer que nunca teria coragem de erguer a mão para um ômega, além de dizer que não tinha nada de errado comigo.

Eu não sabia se ele tinha me visto ali e se seu discurso foi apenas para me impressionar. Mas depois daquilo meus sentimentos pelo alfa se fortaleceram e eu me permiti confiar nele um pouco mais.

– Oi? Louis? Em que planeta você está? – ele disse divertido, passando a mãos sobre meu rosto.

Cogitei a hipótese de responder "Planeta Harry Styles", mas esse breve pensamento fez minhas bochechas corarem e eu desisti da ideia, apenas sorrindo.

– Me desculpe, Harry. – minha voz demonstrava a minha vergonha. – Sobre o que você falava?

– Tudo bem. – ele deu de ombros, divertido. – Eu disse que já sei qual será o meu tema do seminário.

– Ah sim. E qual será?

– A participação da comunidade no cumprimento das penas.

– Me parece um ótimo tema. Bem revolucionário na verdade. – nós sorrimos juntos. – Alguém que busca alternativas ao sistema carcerário vigente tem realmente muito crédito. A maioria das pessoas só espera que eles morram mesmo.

– Vivemos em uma sociedade alienada, isso é o que as pessoas lá de cima querem que eles pensem, é mais barato matar do que educar devidamente para o retorno à sociedade.

– Eu realmente acho que deveria bater palmas para você agora. – a admiração em minha voz era evidente, o que nos fez trocar sorrisos e olhares intensos.

Eu não sei quando foi que eu e Harry ficamos tão próximos, acho que acabamos nos perdendo um no olhar do outro, no encontro perfeito entre o verde e o azul, eu só percebi que estávamos quase nos tocando quando senti um abraço esmagador de outra pessoa que se meteu entre nós.

– Za-zayn? – o beta me abraçava como se sua vida dependesse disso, me trazendo de volta ao mundo e fazendo com que a preocupação crescesse dentro de mim.

– Eu sou um estúpido, Lou! Um imbecil! Você me avisou tantas vezes e eu não te ouvi. Eu sou um idiota. Eles nunca irão me perdoar. Eu nunca irei me perdoar! – ele ainda estava abraçado a mim, lágrimas brotavam de seu rosto e ele dizia as palavras com desespero.

– Ei calma, me conta o que aconteceu. – eu tentei descobrir o que estava acontecendo.

Arrisquei um olhar para o alfa agora um pouco afastado e um olhar sombrio pairava sobre eu e Zayn, tentei não me importar com isso ou com o fato de que ele provavelmente estava extremamente irritado. O beta inconsolável em meus braços precisava de mais atenção nesse momento.

Dream with me - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now