O temporário se torna permanente

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Eu sempre tive o sono pesado e o medo de que eu não acordasse durante a madrugada quando Rose precisasse de mim sempre me atormentou. Mas eu acabei por descobrir que alguma ligação mágica entre os pais e o bebê faziam com que eu e Liam praticamente pulássemos da cama quando Rose soltava um pequeno resmungo.

Eu estava bem impressionado com o quanto Liam tinha se tornado um pai, com as melhores características que isso traz. Ele sempre levantava primeiro e pegava a pequena garotinha deitada em um berço pequeno colocado provisoriamente no canto de nosso quarto.

Posicionava-a em meus braços e nos olhava apaixonadamente, acariciando ora os meus cabelos, ora os cabelos loiros de Rose. E dessa vez não foi diferente. Eu amamentava Rose tranquilamente, com meus olhos fechando um pouco mais a cada piscada, o sono tomando conta de meu corpo.

– Só mais um pouquinho e você pode dormir, meu amor. – Liam disse baixinho, me trazendo de novo à realidade. – soltei um resmungo e ele abriu os braços, encostei minhas costas em seu peito, deixando que ele me abraçasse. – Você os escutou brigando hoje? – ele acrescentou.

– De novo... – nós rimos baixo. – Eles brigam porque um avô está segurando mais a neta do que outro. Brigam porque querem que ela tenha os dois sobrenomes. Brigam porque uns querem um nome do meio e o outro quer outro. Brigam porque é dia de uma avó dar banho. Eu estou enlouquecendo! E nem é o primeiro neto.

– Mas é o primeiro que eles curtem juntos. Mas eu disse a eles que você iria decidir o nome completo dela, já que eu praticamente escolhi sozinho o nome dela.

– Eu gosto de Elizabeth, vi eles citarem esse. Rose Elizabeth Horan. – analisei seu rosto e ele sorriu.

– Sobre isso...

Ele se levantou e foi até o closet. Rose já havia dormido, portanto ele a tirou de meu colo e a colocou em seu berço, eu o observei atentamente enquanto ele virou meu corpo, me fazendo rir ao encará-lo. Mas eu imediatamente parei de rir ao vê-lo se ajoelhar a minha frente.

– Eu sei que a mordida já é o suficiente para me unir a você para sempre. Mas eu quero mais. Quero que você tenha oficialmente o meu sobrenome, quero ver o brilho da aliança em meu dedo anelar e sempre sorrir ao olhar para lá, quero uma grande festa e que todos proclamem o nosso amor, porque o meu amor é tanto que me sufoca, tanto que eu tenho vontade de gritar ao mundo todo. E essa. – ele se referiu ao pequeno anel em sua mão. – É a minha forma de gritar o quanto te amo, o quanto sou grato por você estar a meu lado, principalmente depois de tudo o que passamos, esse é o meu pedido de desculpas, a forma de dizer o quanto você me faz feliz e o quanto eu amo você, o presente que você me deu. – ele olhou rapidamente para Rose que dormia calma no berço. – E o quanto eu desejo que sejamos oficialmente uma família. Quer casar comigo?

[...]

Eu sempre me lembraria daquela noite. E agora, olhando os convidados chegando ao jardim do luxuoso hotel, tudo parecia mais real. Eu sorria olhando o altar montado abaixo de um arco decorado por flores azuis, a cor havia sido ideia de Liam e eu sorria só por lembrar-me de seus motivos.

Estava preso em meu próprio mundo quando Louis adentrou o quarto com Rose, agora com quase dois anos, em seu colo.

– Olha como eu estou bonita, papai. – Louis disse com a voz engraçada, fazendo a garotinha sorrir travessa em seu colo.

Os cabelos loiros de Rose caiam em cachos emoldurando seu rosto, ela tinha um pequeno e delicado arranjo de flores presos a eles. Ela sorriu ainda mais ao me ver fazendo com que seus olhos sumissem em uma infinidade de ruguinhas, exatamente como o pai.

Dream with me - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now