Capítulo 9

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                                                                                       Sam


Droga. Droga. Droga.

Que droga estava pensando quando disse aquilo para o Tyler?

Com sua perna jogada sobre as minhas seu pau cava diretamente sobre minha bunda. Meu corpo está quente, e meu núcleo encharcado. Poderia dizer que o calor do seu corpo que pressiona como uma parede firme em minhas costas, mas, a verdade é outra, estou desejosa pelo cara que deveria ser apenas meu amigo. Com cuidado esgueiro cama a fora para o banheiro. Um banho lento e gelado resolverá a situação vergonhosa que meu corpo traidor me pôs. Em pé estudo seu rosto calmo e sereno, ele se mexe passando a mão onde eu estava a pouco tempo, algo se aperta em meu coração com sua busca inconsciente, e antes que possa tocá-lo como da outra vez apanho uma muda de roupa e vou para o banheiro.

A água fria cai em jatos sob minha pele quente não fazendo muito para acalmar meus hormônios. Penso no Tyler apenas de cueca em minha cama, mal contendo sua ereção, tive uma vontade enlouquecedora de me esfregar sobre ele em busca de alivio, tê-lo falando aquelas coisas sobre mim em meu ouvido com sua voz rouca, me deixou a ponto de saltar sobre ele. Solto um pequeno gemido, e então como se pega cometendo o maior dos pecados afasto minha mão do meu seio esquerdo, e tiro minha mão direita da minha vagina.

- Oi, vadia – Molly beija minha bochecha. Peter está ao seu lado fitando o bacon grelhado á minha frente.

- Bom dia – devolvo – Oi, Peter.

- Ei, Carrie – imita a namorada – Tô morrendo de fome.

- Achei que só fosse ver vocês na faculdade – digo, puxando o prato com bacon. Desse jeito não vai sobrar nada pro Tyler.

- Precisamos comer – Peter diz puxando o prato de mim.

- Você trouxe o Isaac pra casa? – Molly pergunta com os olhos arregalados quando a porta do banheiro bate. Peter me olha paralisado.

- Não – respondo como se trazer Isaac pra casa fosse algo terrível. – É o Tyler. – esclareço.

- Ufa! – Peter volta sua atenção ao bacon.

Molly me encara quase implorando que eu diga que aconteceu alguma coisa. Balanço a cabeça em negativa, ela revira os olhos, arranca o bacon do namorado e põe a mesa.

- Ei, grande homem – Peter e Tyler batem as mãos se cumprimentado.

- Ei, Molly – Molly faz um som estranho com a boca cheia.

Tyler caminha até mim com o torso nu, a camisa jogada sobre o ombro, o cabelo preso em um coque no alto de sua cabeça, algumas mexas loiras escapam, a calça cai daquela forma maravilhosa em seu quadril. Arrasta a cadeira e põe ao meu lado, ficamos frente a frente com Molly e Peter que levam mais garfadas em suas bocas sem parar de nos olhar.

- Bom dia, Carrie – beija minha bochecha demorando mais que o necessário, depois joga seu braço no encosto da cadeira. Como se respira?

Peter e Tyler trocam olhares. Molly me olha de maneira divertida e maliciosa, quase como se soubesse o que fiz. Desvio, me pondo a comer.

- Sam, preciso te contar uma coisa – Molly diz levantando-se sem me dá a oportunidade de negar puxando-me em direção ao quarto.

Sei bem que você quer me contar.

                                                                             Tyler


Aproveito a oportunidade de a Molly arrastar Sam em direção aos quartos para dá uma boa analisada em suas pernas desnudas pelo short jeans. Algo primitivo ruge dentro de mim por ir assim á faculdade, mas, a outra parte, a que deixa meu pau duro instantaneamente agradece. Embora veja muito pouco, pois logo desaparece no corredor, mas, mesmo assim ainda pego um rápido vislumbre de sua bunda redonda.

- Porra, Peter – esbravejo quando joga um pano de cozinha em minha cara. O idiota está sorrindo da minha cara.

- Pra limpar a baba – usa seu indicador para passar no canto de sua boca – Bem aqui.

- Vá se foder!

- Ah eu vou – diz sacana levando os pratos pra pia, sigo seu exemplo – Você também está precisando, irmão. Sua cara está pior que de virgem. – zomba. – E a Michele ontem? – questiona. Dou de ombros.

- Mandei embora – sua cara é cômica. Peter cruza os braços sobre o peito, e encosta-se na pia. Olhando-me incrédulo.

- Você transou com alguém desde que voltou de Chicago?

- Isso não é da sua conta – estalo.

- Isso é preocupante – diz me seguindo quando volto para a sala – Você sabe não é? Isso já ta virando amor, e daqueles que te prende em uma coleira.

- Como você, cachorrão? – debocho.

- Pode zombar, não ligo. Pelo menos, estou com a garota que amo. – diz cheio de si. Nesse momento Sam e Molly surgem na sala.

Molly olha por namorado com os olhos brilhando, e se joga em seu colo. Logo estão se beijando. Sam olha pros dois antes de desviar, e me olhar, sua expressão é uma mistura de felicidade pela prima, mas, tristeza também. Ela é a primeira a desviar.

- Vou indo – diz para ninguém em especial. A sigo vestindo a camisa.

- Posso ter uma carona? – pergunto sem saber como agir. Sam de repente ficou estranha.

- Claro – sorri fraco. Espero voltar da garagem com sua lataria. 

Se ela ouvisse.

- Onde estão suas coisas? – indaga assim que entro e bato a porta.

- Tenho tudo que preciso – respondo apontado para minha cabeça.

- Você é um esnobe – sorri.

- E você me ama – digo adorando vê-la voltar ao seu estado habitual. No entanto tenho o efeito contrário, Sam se fecha por todo o pequeno trajeto até o campus.

Sam estaciona entre dois Chevrolet de aparência nova. O Impala parece perdido no tempo entre eles, ela parece notar também, pois observa por uns segundos e solta um pequeno riso, mas, ao me ver olhando-a para.

- Vou te acompanhar até sua sala – digo agarrando sua mão. Ela não pestaneja ao agarrar. Com certeza, Molly disse algo que a irritou. – Você e a Molly brigaram? – pergunto depois de acenar em resposta a um pequeno grupo que falou comigo e a Sam.

- Não – responde ao dizer um tímido oi pra um cara. Olho feio pra ele, e logo desvia seu olhar dela. – Acho que ela tem razão sobre uma coisa – conta.

- Que coisa? – pergunto muito curioso.

Sam me olha sem revelar nada pelo que parece ser a eternidade antes de responder.

- Um grande problema – responde enigmática.

- Eu não entendi, Carrie.

- Nem eu entendo – responde dando de ombros. – Láctea hoje? Preciso de uma boa revisão em matemática – bufa dramática. Ela só é pessimista sobre a matéria.

- Claro – respondo.

- Fico aqui – diz na porta da sua sala – Te vejo depois. – beijo sua testa, e a vejo entrar.

Sua resposta martelando em minha mente.

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Mais Que Amigos {Finalizada}🚫16 Where stories live. Discover now