Capítulo 16

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                                                                 Sam


Aspiro rudemente o cheiro do Tyler. Ontem depois que paramos de nos beijar a imensidão do que estava acontecendo me atingiu com força total. Minha namorada! As palavras ainda flutuam em minha mente tão fresca quanto frutas recém colhidas, mal posso acreditar que estamos realmente juntos. Suspiro aliviada como se acabasse de tirar um grande elefante dos meus ombros. Vendo-o dormir serenamente me ponho a sair do transe hipnótico que é admirá-lo por tanta beleza.

- Bom dia – Molly abraça-me por trás enquanto mexo os ovos.

- Dia – devolvo imitando seu sorriso alegre. Talvez não imitando. – Pensei que tinha dormido outra vez na fraternidade – digo desligando o fogo.

- Você estava meio ocupada – responde olhando-me curioso.

- Não rolou nada – digo antes que comece. "Ainda não" sussurra pegando pratos. Ignoro, já que está repleta de razão.

- Então...

- Vá direto ao ponto – peço, ajudando a por a mesa.

- O que vocês decidiram? – pergunta enfiando um pedaço de torrada na boca. Sorrio só de lembrar.

- Estamos namorando – respondo em meio a um gritinho eufórico.

- Aiii! – Molly também grita – Shhh. Eles vão acordar – me acalmo – Aiii. Meu. Deus!

- Molly! – ralho tentando ser séria, mas, não consigo. – Eu ainda nem posso acreditar, ele nem fez um pedido, nem nada. Só disse que eu era namorada dele e pronto.

- Aiiiii! – gritamos juntas nos abraçando.

- Vocês não preferem um auto-falante? – Peter grita zangado do quarto. Olhamos uma para outra, e ambas parecemos crianças errantes.

- Vá se foder – Molly retorna se recuperando. – Idiota.

- Você acha que ele ouviu? – pergunto envergonhada. 

Tyler vai me zoar pela eternidade.

- Sim – Tyler responde da entrada do corredor. Droga. Ele caminha até mim com seu velho e casual sorriso malicioso brotando em seus lábios e alcançando seus olhos – Oi – diz ao se aproximar, suas mãos logo estão em minha cintura.

- Bom... – devolvo sem ter tempo de proferir mais nada. Tyler cola sua boca a minha, e logo estamos nos fundindo outra vez.

Apenas uma de suas mãos continua em minha cintura, a outra logo está emaranhada aos meus cabelos. Nas pontas dos pés consigo me agarrar a sua nuca, e quando me puxa mais para si onde sua ereção me cutuca no ventre me tirando um pequeno gemido puxo os fios de cabelos dali. Consigo o que quero. Tyler geme em minha boca me deixando mais necessitada e extasiada por não ser a única entregue na história. Molly tenta chamar nossa atenção pigarreando, mas, ele não me libera, e não faço nenhuma questão.

- Vocês querem parar? Isso é pra lá de constrangedor – Molly diz e não posso observá-la. Tyler tem toda a minha atenção.

Irônico, não? Muito.

- Agora sim, bom dia – Tyler diz rouco.

Não abro minha boca, mas, posso imaginar que minha voz se assemelha ao mesmo estado que o seu. Desejo puro. Ele é o primeiro a quebrar todo o tipo de contato, onde era puro fogo apenas por tocar, agora nada mais é que um canto vazio.

- Vou ao banheiro – diz me dando um selinho e indo. Não digo nada, ainda muda por mais um dos meus melhores beijos da minha vida. E, Tyler os possui.

- Limpe tudo o que sujar – Molly grita. A olho pedindo que seja menos... Menos ela? – O quê? Depois desse beijo até eu fiquei excitada, e, por favor, eu vi o volume. Imagina você que sentiu - ela tem a audácia de se abanar.

Caio no riso. Só Molly.

- Você tem um namorado – aponto entre o riso .

- Eu não sou cega, muito menos morta – responde rindo também.

- Mas, aquele ali é meu namorado – digo muito séria. Molly para, e me observa com os olhos estreitos. Ela abre e fecha a boca – Você caiu! – digo surpresa, gargalhando agora.

- Eu vou te matar, vadia!

- Se você me pegar – digo correndo para meu quarto e fecho a porta, apenas solto a maçaneta quando percebo que desistiu de entrar.

Caio na cama não me aguentando de tanto rir, apenas de lembrar sua cara assustada. Molly só ficou assim uma vez, mas, hoje estou muito feliz para deixar velhas tristes lembranças me abater.

                                                             Tyler


Eu não vou me aliviar. Eu não vou me aliviar. Eu não vou me aliv...

Cacete. Não da pra me segurar. Deslizo minha mão sobre o meu pau. Tenho que ser rápido e silencioso. Cada movimento de vaivém é perversamente dedicado a Sam, só de imaginá-la nua aqui comigo. Usando sua boca maravilhosa. Porra, bem que ela deveria estar aqui debaixo da água fria comigo. E eu não estaria transado com minha mão, e sim saindo e entrando de sua boceta apertada. Fecho minha boca deixando apenas um ruído mínimo sair, e não o nome da Sam quando gozo em minha mão. Me amaldiçoando por não respeitá-la.

- Traidor! – murmuro pro meu pau, ainda não totalmente satisfeito.

Deixo de lado quando ouço a risada da Sam, eu mataria apenas para ouvir esse barulho encantador cada dia da minha vida de merda. Que só não é um desperdício por inteiro graças a ela. Stephen vai ficar feliz em saber que finalmente fui sincero em relação aos meus sentimentos com ela, e que agora estamos juntos. Ao contrário do filho da puta do meu pai, meu avô sempre me apoiou em tudo, nunca me virou as costas. Sempre esteve ao meu lado fazendo de tudo para que nada me faltasse. Pelo menos, desde que soube da minha existência.

- Eu vou te matar, vadia – ouço a voz da Molly depois que a porta do quarto da Sam é batida.

Minha garota irritou a Molly.

Não me seco quando saio do chuveiro, apenas me enfio dentro da minha calça. Doido para voltar aos braços e lábios da Sam. Que lábios!

- Achei que fosse morar aí dentro – Molly diz assim que abro a porta. Sua cara totalmente fechada e ameaçadora.

- Até que enfim – Peter me cumprimenta feliz. – Tyler, o cara que a segurou firme e pôs a garota na perdição.– ignoro, mas, nos abraçamos. - De qualquer modo, você a tomou para si. 

- Estava na hora.

Ignoramos sua namorada de cara amarrada. Ela bufa e revira os olhos. Tão Molly.

- Agora que as felicitações machistas acabaram, vamos conversar – declara. Ela nunca abandono meu rosto.

- Despeja – digo me preparando. Mas, no fundo amo o jeito que Molly age sobre a Sam. Ás vezes é bem exagerado, porém com a Molly por perto ninguém nunca vai machucá-la, pelo menos não sem um bom troco.

- Se você ousar a machucá-la, eu acabarei com sua raça – diz muito séria. Assim como Peter apenas me calo ouvindo a atentamente – E, é bom que saiba que falo muito sério – aos poucos sua postura de durona vai se desfazendo – A Sam é como minha irmã caçula – diz com ternura - É bom que as únicas lágrimas que ela derrame seja apenas de rir pelas suas piadas estúpidas e histórias mentirosas.

- Eu nunca machucaria a Sam – digo o mais sincero que fui algum dia. Exceto sobre o que sinto pela a Sam.

- Acho muito bom – diz ainda suspeita. Peter agarra sua mão e vão para a cozinha. - E você - aponta para meu amigo - Nunca mais distorça as falas do Cass.

Garotas!

- A propósito – chamo – As minhas piadas são ótimas, e minhas histórias... sem comentários. – como resposta levanta o dedo do meio.

No quarto encontro Sam dormindo agarrada ao travesseiro. Sorrio, tirando com cuidado meu substituto e me enrosco em volta dela.






Mais Que Amigos {Finalizada}🚫16 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora