Capítulo 28

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                                                              Sam

Um mês depois...

Deixo mais um aperto no joelho do Tyler para que ele saiba que não está sozinho. Há uma semana seu avô ligou informando que estava na cidade, e dessa vez com todos os Blake's a tira colo. E ontem, depois de tudo estar arrumado fomos convidados para um jantar em sua casa. Tyler desvia o olhar da estrada e sorrir, porém o sorriso nunca chega aos seus lindos olhos. Penso em dizer algo para que de alguma forma o tranquilize - ou tente -, mas nada sai, então, aperto-o novamente.

- Chegamos! – avisa, como se estivesse no corredor da morte.

- Você, sabe, sempre podemos dar meia volta – ofereço.

- E dar uma de covarde, quebrando minha masculinidade? – retruca debochado, sorrindo.

Esse é o Tyler que conheço!

- Ótimo, Senhor Machão, vamos mostrar quem é que manda – digo, deixando um rápido beijo em seus lábios. É claro, que não é o suficiente para ele.

Como sempre, é de tirar o fôlego.

- É melhor pararmos – digo, assim que cesso em busca de ar – Ou nunca entraremos – Falo sério – murmuro, quando aproxima seus lábios novamente aos meus – Que lindidinho – zombo, diante de seu bico.

- Foda-se, Carrie. Vamos logo!

Rio.

Tyler digita em um retangular painel preto números de acesso, logo o portão branco e grande á nossa frente se abre livre. Ambos olhamos um para o outro, antes dele pôr meu carro a caminho da estradinha de pedras que leva a grande casa branca no fim da estrada. De repente, um nervosismo antes inexistente surge tomando conta de todo o meu corpo. Parece uma cena de filme de terror.

A bela e grande casa no fim. Um filme de terror bem ruim, por sinal.

Na entrada, um homem alto, barriga saliente, cabelos louros ralos – que imagino terem sidos parecidos com o do Tyler quando mais jovem – vestindo um terno cinza que lhe cai muito bem nós espera. Ele sorri para nós assim que nos aproximamos, e sem dizer uma palavra abraça Tyler e sem que eu possa ouvir sussurra algo em seu ouvido. Tyler sorri de orelha-a-orelha, completamente contente.

- Pode apostar!

- Sam! Como vai, querida? – Stephen me cumprimenta, do mesmo modo que ao neto. Retribuo seu abraço. Ele cheira bem, ao contrário do cheiro de cerveja que o Tyler tem ás vezes é ocupado por uísque ou conhaque, não sei dizer ao certo, e charuto.

- Muito bem – sorrio – E o senhor?

- Oras, me chame de vovô ou Stephen. Você é da família agora – rebate, passando o braço sobre meus ombros.

Minhas bochechas queimam.

Tyler Bastardo rir, zombando de mim.

Dou-lhe língua, e em poucos segundos, tão rápido que se piscasse eu não veria, Tyler me arranca de perto de seu avô e me beija. Do tipo devorador. Agora eu tenho um bom motivo para estar vermelha. Mas, a parte não boba de mim aproveita cada segundo, e só para quando risinhos ao fundo se fazem presente.

- Deixe-a para sobremesa, Tyler – debocha alguém.

Tyler me solta instantaneamente e parece muito puto, mas sua careta emburrada se desmancha quando nota que foi o maior dos três caras quem pronunciou as palavras, ele se encaram por alguns segundos e é quase como se eu pudesse ver o Tyler com trinta anos e cabelos arrumadinhos. O homem também de terno é sua cara, com exceção dos olhos verdes. Os deles são azuis, como dos outros dois. Finalmente eles se abraçam.

Mais Que Amigos {Finalizada}🚫16 Where stories live. Discover now