• Seventy Eight •

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Eu estava em casa, era uma tarde chuvosa em Seul. Me mantinha fixada nos pingas de chuva a escorrerem pela janela do meu quarto enquanto brincava com o crucifixo dourado em meu pescoço.

Passei meu polegar sobre ele sentindo aquela linda passagem da bíblia grafada atrás da cruz passar sobre meu dedo e lembrei que eu devia agradecer à Deus por tudo que acontecera comigo nesses últimos meses.

Seria sorte, destino, ou até mesmo o todo poderoso que agiu na minha vida, apenas sei que fora algo divino que manteve eu e Min YoonGi juntos. Eu não me arrependo de te-lo conhecido, não me arrependo das nossas brigas, pois sem elas, eu nunca teria a chance de me reconciliar com ele, não me arrependo do ódio que sentia, afinal, sem ele, talvez, eu nunca desenvolveria o amor que eu sinto hoje.

Talvez se eu tivesse ficado na América, nunca teria a chance de conhecer o amor da minha vida. Naquele momento, eu percebi que havia feito as escolhas certas, YoonGi era uma delas.

E eu pensava que seriamos inquebráveis... Até aquela tarde.

Minha mãe entrou em casa e eu pude ouvir a porta bater com força assim como o som do seu guarda chuva se fechando, sorri e me levantei da cadeira indo até a porta do quarto.

No entanto, assim que passei pela porta do armário, senti um puxão em meu pescoço e um estalo no tablado de madeira, então a ausência do crucifixo se tornou evidente em meu pescoço.

Pus a mão sobre a pele e não senti o colar ali, arregalei os olhos e ajoelhei conseguindo ver a cruz caída no chão ao lado da corrente arrebentada.

Senti um peso em me coração e peguei as duas parte do colar fechando os punhos e levando-os até meu peito. Eu posso consertar, não é? Me perguntei abrindo a mão e vendo ambas as partes douradas me darem calafrios.

— SaeJin, desça aqui, eu preciso conversar com você... - Minha mãe chamou e eu pisquei rápido voltando ao meu estado normal.

Um raio riscou o céu iluminando o quarto e em seguida um trovão ecoou fortemente pelas paredes, me assustando, fazendo-me levantar e colocar as partes do colar dentro de uma caixinha de veludo sobre a minha escrivaninha.

Ajeitei-me antes de sair do quarto e descer as escadas e encontrar a figura da minha mãe sentada no sofá da sala, ela mexia com um globo de neve de Nova Jersey até notar minha presença e me pedir para sentar no sofá.

Segui suas ordens e olhei para ela já sentada. Um sentimento estranho e ruim se formava na minha barriga fazendo meu estômago se embrulhar, eu não sabia o que era, mas sentia que era um mal presságio.

— O que foi? - Perguntei notando uma expressão preocupadas pensativa no rosto da minha mãe.

— É sobre o meu trabalho, - Ela começou e eu assenti dando espaço para que continuasse. — eu fui transferida.

— Sério? Que bom, para qual empresa de Seul? - Perguntei abrindo um sorriso orgulhoso da minha mãe.

— Para Osaka. - Ela falou.

Ouvi suas palavras com calma e clareza, tentando entender o que ela disse... Osaka, Japão? Ah não... Então, naquele momento eu senti um tiro rápido cortar meu coração.

No... Japão? - Perguntei diminuindo meu tom e vi minha mãe assentir sentindo um nó se formar na minha garganta.

DIAMOND 》 SugaWhere stories live. Discover now