Capítulo 7

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No elevador os dois mantiveram a postura calma, tranquila. Nate não sabia qual seria a próxima vez que transitaria pelos elevadores do prédio aquela hora da madrugada novamente, o que fez sua raiva aumentar ainda mais, porém se manteve impassível: Os elevadores eram assistidos 24h por dia.

Havia, porém, um lugar da torre negra que não era tão vigiado assim: O heliporto. Este possuía câmeras apenas na saleta que dava pro elevadores, e nada mais. Esse era o destino final dos dois.

Porém, quando cruzaram a sala havia um vulto de costas na outra extremidade do heliporto, a fraca iluminação mostrando um vestido vermelho vinho com um brilho fraco, e uma grande massa de cabelos claros presos no que já fora um coque, desfeito pelo vento. Os dois suspiraram. Clair se virou, sorrindo de canto.

Clair: Olá, garotos! – Disse, abrindo um sorriso enorme.

Nate: Isso não é assunto seu. – Cortou, avançando na direção dela.

Chuck: O que você está fazendo aqui?! – Perguntou, em voz alta pelo vento forte, e Nate aquiesceu, mas o primo olhava na direção contraria. Juliet estava de braços cruzados, encostada na parede da saleta do elevador.

Juliet: Clair adivinhou que, de alguma forma, terminaríamos aqui. Eu duvidei. Perdi dinheiro nisso. – Admitiu, descruzando os braços e se soltando da parede.

Clair: Vamos lá, não precisamos levar isso a nenhum extremo. São 42 andares daqui até o chão, imagine a desolação se alguém tropeçasse. – Começou, sorridente, se aproximando.

Nate: Você está me fazendo querer jogar você daqui até lá. – Avisou, com o olhar agora transbordando a raiva que sentia.

Clair: Oh, meu pai ficaria furioso. Minha mãe então... – Ela fez uma careta.

Juliet: Costumávamos ser um grupo tão bom de amigos. – Lembrou, também se aproximando – Ninguém adivinharia que terminaríamos assim. – Tentou, sondando.

Clair: Vamos dar a noite como encerrada, ok? - Perguntou, cautelosa. Infelizmente, Nate e Chuck já haviam dado pela presença um do outro ali.

Chuck: Nunca mais erga a mão pra ela. – Avisou, se aproximando do primo. O tom era baixo, crucial – Não se atreva. Eu vou matar você, Nathaniel. – Avisou, perigosamente perto.

Nate: Isso é ridículo. – Dispensou, com um riso incrédulo, e em seguida houve um estampido.

Juliet tentou impedir os dois de colidirem, mas Chuck conseguiu acertar Nate com um murro na boca antes. Nate revidou, acertando o outro com uma cotovelada na barriga e Chuck o agarrou pelas costas, impedindo-o de se erguer... Mas Clair se jogou em cima, montando nas costas de Chuck. Juliet fez o mesmo, montando nas costas da prima. Nate e Chuck oscilaram com o peso e Nate, que segurava os três, terminou de joelhos. Clair tombou pro lado, rolando no chão e Chuck pulou de pé.

Clair: Faça o que eu disse! – Rosnou, e Juliet, apesar do olhar indeciso, saiu correndo. O instante que levou pra Nate voltar a se erguer, limpando o sangue da boca, foi o suficiente pra um grupo de crianças entrar correndo na cena.

Isso fez Chuck e Nate hesitarem. Clair riu, ainda no chão, amparada nos cotovelos. Juliet parecia indecisa, vendo os primos que estiveram presos no segundo elevador aparentemente brincando de pega-pega, mas Clair achava graça.

Madison uma vez fora chamada de mãe da loucura. Eis sua herdeira.

Chuck: O que... – Ele observou um Dean risonho correndo perigosamente perto da beira do heliporto, evitando ser pego por Lottie, que era a que contava.

Último Ato - Efeito Borboleta (Livro 5) [H.S]Kde žijí příběhy. Začni objevovat