Capítulo 14

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Ela não respondeu o cumprimento. Apenas o observou. Noah estava acostumado a este tipo de reação. Ele se sentou no banco de jardim ao lado dela, mostrando-lhe a cesta.

Noah: Olhe o que eu trouxe pra você. – Disse, mostrando a cesta. Ela o observou, quieta por um instante.

Perrie: Que dia é hoje? – Perguntou, quieta.

Noah: É ação de graças. – Ele a viu começar a fazer o cálculo consigo mesma. – Faltam quatro anos. – Adiantou, e ela piscou, então suspirou.

Perrie: Quatro longos anos. Mas eu vou esperar. – Garantiu, paciente.

Noah: Olhe. – Ele retirou a tampa da cesta de palha. Ela olhou, sem interesse – Trouxe tudo o que você gosta. Geleia de pêssego, bolo de frutas...

Levou algum tempo pra fazer Perrie se interessar pela comida, mas realmente eram as comidas preferidas dela, então após algum tempo ele observou, satisfeito, a mãe comer um pote de damasco cristalizado que ele levara.

Noah: Vou vir mais vezes. Toda semana. – Prometeu – Peguei Nathaniel e Clair no flagra. Estou fazendo eles me obedecerem.

Perrie: Nathaniel. Nate. – Lembrou, e Noah assentiu – Filho dele. Filho de Harry.

Noah: Isso, e Clair, filha de Niall e Madison. – Lembrou. Ela assentiu – Eles não gostam muito e eu não sei como fazer isso direito, mas já consegui vir hoje e consegui algum dinheiro pra tirar esse enfermeiros chatos saírem do pé.

Perrie: É bem fácil. Fácil demais. – Disse, o dedo açucarado apanhando outro damasco – Qual dos dois você quer curvar? – Noah hesitou, pensativo. Clair era até legal...

Noah: Nate. – Disse, quieto. Ela assentiu, apanhando um damasco e dando ao filho.

Perrie: Fácil. Melanie. – Ela revirou os olhos, apanhando outra frutinha pra ela – Ele adora a mãe. Mais do que adorava o pai. Se você mostrar a ele que pode magoar ela, ele faz o que você quiser.

Noah: Como eu faço isso? – Perguntou, quieto. Ela o olhou quieta.

Perrie: Se seu pai estivesse acordado, te guiaria tão bem. Mas ainda faltam quatro anos. – Lamentou, devaneando – Ainda assim, você vai saber o que fazer.

Logo o segurança o chamou, avisando que o tempo estipulado por Anne terminara. O menino foi embora, mal humorado, e já com a cobrança pronta pra Nate e Clair. Em casa...

Nate: É bom você já ter pensado. – Cobrou, casualmente, enquanto tomavam café. Clair raspava o copo de iogurte. Só haviam os dois na mesa. – Quer parar de raspar isso? – Perguntou, pondo mais na taça dela.

Clair: Ora, obrigada, Nate. – Disse, debochada, mas colocou um pouco de mel e voltou a tomar o iogurte – Já pensei. Não vamos fazer mais nada. A mãe dele era a maior filha da puta. – Nate riu de leve.

Nate: E se ele abrir a boca? – Questionou, e ela negou com a cabeça.

Clair: Não vai. Mesmo que abra, em quem acreditariam? – Perguntou, e Nate assentiu, entendendo – Eu sou o anjinho do meu pai. Minha mãe vai nos cobrir. Ele ainda sai nessa história como maluco. - Relaxa, Nate.

Nate: Tem certeza? – Confirmou, mas já se sentia seguro.

Clair: Posso ajudar você com a relaxar, se quiser. – Brincou, mexendo com o iogurte. Ele riu, revirando os olhos – Mas agora não, isso tá ótimo.

Noah: Ótimo achar vocês dois juntos. – Clair, que tinha as pernas na cadeira do lado, se esticou pra pegar uma colher de framboesa e colocar no iogurte. – Precisamos conversar.

Último Ato - Efeito Borboleta (Livro 5) [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora