Capítulo 27

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Mas ainda não havia amanhecido.

Gemma foi a primeira a sair. Não ficou pra ouvir devaneios ou considerações; ouvira demais. Seus filhos eram adolescentes dormindo no andar debaixo e ela fora respondera pela prole dos outros. Louis, sabendo o que esperava, acompanhou. Liam apontou o caminho pra Juliet, que saiu, muito digna. Sophia ainda hesitou, entre Melanie e Madison, mas terminou acompanhando eles: Não era seguro deixá-los a sós agora. Liam era explosivo quando queria, e Juliet era filha do pai. Era capaz dos dois estourarem a terceira guerra com Dean e Elena dormindo no quarto do lado.



Niall: Não há nada pra ser dito hoje. – Concluiu, se aproximando – Vamos. Os dois. – Cersei aquiesceu. Mas uma luta silenciosa ainda se travava ali.

Madison: Não vá atrás do meu filho. – Alertou, o tom baixo, direcionado a Melanie. As duas ainda estavam frente a frente – Não me interessa o que ele fez, deixe-o em paz. Deixe-o ir, ou eu virei atrás de você. – Concluiu, a voz sem emoção, e deu as costas, sendo guiada pelo marido.



Uma vez que apartamento esvaziou, Gail ordenou que a equipe de limpeza colocasse a casa em ordem. Ninguém trocou mais uma palavra. Nate se sentia nocauteado como nunca. Não conseguia relaxar, nem deixar o assunto ir. Aquele era o lar deles, entretanto agora era só o cenário do que fora um campo de batalha. O silencio ali dentro continuava como petróleo escoando pelas paredes, ecoando a crueldade do que fora feito, a dureza do que fora dito. Bebeu água, bebeu álcool, então mais água, e nada. No quarto se sentia sufocado; na sala, conseguia ver o rosto assustado da irmã ao ser ameaçada pelo pai. Sem o terno caminhou a esmo pelo apartamento, parando na porta do quarto de Blair.

Estava vazio, todo revirado. As gavetas da escrivaninha estavam abertas (da busca pelos documentos), mas no normal as coisas dela continuavam lá, como se ela ainda estivesse no evento e fosse chegar em casa a qualquer momento. Mas aquela meio que não era mais a casa dela. Varias lembranças de momento em família que tivera, com os pais e as irmãs passaram em sua cabeça, e foi pesado.



Rosalie: Nate? – Chamou, em um sussurro. Estava de pijama, o cabelo em um rabo de cavalo. Ele virou, olhando-a.

Nate: Você está bem? – Perguntou, se aproximando. A porta do quarto dos pais estava fechada, mas ninguém sabia quando Melanie podia surgir de novo com o diabo no corpo.

Rosalie: Sim. Escute... Blair. – Começou, ansiosa, torcendo algo na mão.

Nate: Blair vai ficar bem, Rose. Ninguém vai mandá-la pra longe. – Ele tocou o nariz da irmã, que respirou fundo – Só estamos com problemas agora, mas vamos dar um jeito.

Rosalie: Você sabe pra onde ela foi? – Nate negou com a cabeça.

Nate: Não exatamente. Não é seguro. Mas perto. – Prometeu – Eu vou saber logo. Conto pra você.

Rosalie: Você vai vê-la? – Insistiu, e Nate assentiu. – Ótimo. – Assentiu, determinada – Dê isso a ela. – Disse, colocando algo na mão dele. Era um saco de veludo vermelho escuro. Nate franziu o cenho, puxando a cordinha – Diga a ela que eu não entendo nem nada, quero dizer, é o Chuck... – Hesitou, com o cenho franzido – Mas não estou brava com ela. – Nate observou a irmã, quieto, enquanto desamarrava o nó.



Dentro do saco havia um maço considerável de dinheiro preso por um elástico. Ele ergueu as sobrancelhas, passando o dedo pela lateral, contando brevemente as notas. Dava uma excelente quantia.

Último Ato - Efeito Borboleta (Livro 5) [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora