Último Ato - Efeito Borboleta (Livro 5) [H.S]

Capítulo 31

Melanie: O que? – Perguntou, pregada no lugar.

Nate: Você ouviu. – Consentiu, o semblante duro – Foi a primeira mulher que eu tive na minha vida, e a verdade é que agora eu estou louco por ela. – Admitiu, tranquilo – Pode dispensar os seguranças, mãe.

Melanie: Clair? – Nate assentiu – Clair de Lune?

Nate: Tem outra, fora ela? – Perguntou, falsamente confuso.

Harry: Os filhos de Niall. Os filhos de Niall desgraçando minha vida. – Murmurou, em reconhecimento, se afastando um passo e respirando fundo.

Nate: O importante é que Juliet não tem nada a ver com isso. Pare com a histeria e abaixe esse telefone, Jesus. – Apontou.

Harry: A primeira? – Confirmou, virando o rosto. Nate assentiu – Quantos anos faz isso, pelo amor de Deus?! – Perguntou, exasperado.

Nate: Muitos. – Admitiu, coçando a nuca distraidamente. O braço da camisa tinha uma tira de pano solta: Melanie rasgara o tecido na unha, revelando um trecho de pele branca que ela conseguira unhar, deixando uma linha vermelho forte. – Eu não sei, cinco? Sete? Dez? – Melanie parecia que ia vomitar a qualquer momento.

Melanie: Nunca passou pela sua cabeça...

Nate: Contar? Não. – Dispensou – Clair e eu somos adultos o bastante pra tocar nossa vida sem precisar de interferência ou aprovação externa. A verdade dos fatos é que estaríamos muito bem se Chuck e Blair não tivessem começado essa cruzada agora, mas algumas pessoas simplesmente não aguentam a vida como é. – Disse, dando de ombros.

E Melanie voou nele de novo.

Ela era só tapas e raiva e unhas e magoa. Rose gritou e os cachorros tornaram a latir, alvoroçados. De alguma forma pulou nas costas de Nate, que continuava sem revidar de modo algum: Só protegia o rosto. Harry a apanhou novamente, pondo-a no chão...

E o elevador apitou.

Todos os Styles na sala se viraram, olhando a porta do elevador se abrir, revelando Madison e Clair. Nate franziu o cenho, deitando a cabeça pra trás e suspirando cansadamente. Clair tivera tempo pra tomar banho e se trocar, agora estava em um roupão de algodão cinza claro que parecia confortável, os cabelos em um rabo de cavalo, o rosto sem maquiagem e os olhos quebrados de cansaço e pantufas. Ele tentou alertá-la com olhar. Não deu tempo.

Uma coisa não mudara, com o passar dos anos: Madison odiava acordar cedo.

Ela usava uma camisola de seda grafite, os cabelos soltos alvoroçados, descalça, e tinha uma marca curiosa que lembrava uma mordida na frontal do pescoço, que fazia questionar o que ela fizera antes de dormir, mas o que chamava a atenção eram os olhos. Estava fora de si.

Madison: Vocês já foram bons vizinhos. – Murmurou, a guisa de bom dia, entrando na sala. Nate olhou pra trás, procurando o tio, mas por intervenção divina Niall não estava lá.