Capítulo 35

2.3K 175 106
                                    


Nate: Do que ela está falando? – Juliet continuava totalmente tranquila, pro desespero dos dois.


Chuck: Por que você está calma desse jeito, pelo amor de Deus?! – Perguntou, exasperado.


Juliet: Porque é meio irônico. – Admitiu, dando de ombros. Apesar de tranquila o olhar se assimilava ao de um gavião, focado no que fazia – Eu vivi isso anos atrás. Minha mãe não conseguia olhar pra mim por mais de um ano, não conseguia enxergar nada nem ninguém, e agora é a minha vez. – Ela riu de leve.


Nate: Qual é a graça?! – Estourou, se endireitando no banco.


Juliet: Aquilo cegou ela. Tirou a esperança do meu pai. Eu estudei aquele acidente nos mínimos detalhes. Fiquei... Obcecada, por um tempo. – Comentou, mexendo em algo no painel do carro – Se existe alguém no mundo capaz de contornar aquilo, sou eu. Ainda assim, é irônico. Eu estou no lugar da minha mãe, vocês no lugar dos pais de vocês... Irônico. – Admitiu, discando o numero de alguém. Eles esperaram. Talvez fosse ajuda.


- Hey! Você voltou? – Questionou uma voz desconhecida.


Juliet: Eu amo você. – Disse, rindo consigo mesma em seguida, os olhos na estrada. Houve um silencio surpreso do outro lado da linha. Chuck e Nate olharam, exasperados. Se entreolharam brevemente, sem conclusão.


- Eu... Você nunca disse isso. – Comentou a voz masculina, confusa.


Juliet: Você sabe, antes tarde que nunca. – Disse, dando de ombros.


Nate: Quem é esse? – Perguntou, confuso.


- Aconteceu alguma coisa?


Juliet: Eu preciso ir. Falo com você depois. – E desligou, assentindo consigo mesma e se ajeitando na cadeira – Certo, não sejam insuportáveis. Querem tirar uma foto enquanto dá tempo?


Chuck: Pelo amor de Deus... – Rosnou, puxando o freio de mão.



E não funcionou... Exatamente como não funcionara com Niall, anos atrás.

O carro avançava a plenos motores na ponte, quase chegando na cidade... E Juliet ligou o som. Elvis começou a cantar 'Burning Love' dentro do carro e ela assentiu, ignorando a expressão ultrajada de Nate. Na ponte o transito foi tranquilo, não havia congestionamento logo ela só desviou dos carros.

Fazer isso no transito de Nova York era impossível. NY eram engarrafamentos, sinaleiras, cruzamentos, pedestres e ciclistas. Toda vez que alguém tentava desligar a musica levava um tapa, e como ninguém queria tirar a atenção dela, desistiram, logo Elvis continuava cantando, o que era impossível. Os dois continuavam pregados na cadeira. Juliet dirigiu em círculos um bom tempo... Inacreditavelmente terminando na praia. O carro deu um pulo quando eles passaram pelo calçadão, indo pra areia.



Nate: O que você está fazendo?! – Perguntou, exasperado. Pessoas saíam da frente correndo e ela cantarolava.

Último Ato - Efeito Borboleta (Livro 5) [H.S]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora