Alexander Lightwood - Capitulo 1

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Estimativas recentes mostram que uma em cada 25 pessoas é sociopata. Mas você não é um assassino em série e nunca foi preso? Pois é, a maioria de nós não tem esse perfil. Eu por exemplo, sou um advogado de sucesso, professor de direito e um jovem acadêmico responsável. Doo 10% da minha renda para a caridade e faço trabalho voluntário nos finais de semana. Tenho um círculo de parentes e amigos eu amo e que me amam. Você iria gostar de mim se me conhecesse. Tenho um sorriso comum entre as estrelas de TV e raro na vida real: Brilhante, perfeito e cativante. Sou o tipo de companhia ideal para você levar ao casamento de um ex. Divertido e animado. Por ser bem-sucedido, seus pais me adorariam caso você levasse para a sua casa.

— Boa tarde doutora Fairchild. — Ofereci minha mão para um aperto. — Fico feliz em revê-la.

— Como vai senhor Lightwood? — Apertou minha mão e pude sentir a maciez de seu toque delicado.

Sorriu ao imagina-la estremecendo em meus braços. Aquela ruiva seria minha, custe o que custasse.

— Senhor Lightwood? — Sua voz suave me trouxe de volta de meus devaneios. — Como o senhor está?

— Estou bem, mas vou ficar melhor se você me chamar de Alexander. — Lanço meu melhor sorriso. — Afinal de contas, nós já estamos nessa deliciosa aventura a quase três meses doutora. — Digo antes de sentar-me no divã de cor preta a sua frente.

— Tudo bem. — Foi tudo o que ela respondeu.

Seu olhar caiu sobre a prancheta que ela tinha em mãos e então os voltou para mim:

— Então Alexander, você pensou sobre o que conversamos na nossa última seção?

— A senhora vai ter que ser mais específica, doutora.

— Sobre ter roubado a noiva do seu melhor amigo.

— Não tinha nada para pensar a esse respeito. — Respondi simplesmente.

— Nenhum arrependimento?

— Porque eu teria?

— Porque ele era o seu melhor amigo, Alexander. — Disse como se fosse uma conclusão óbvia.

Eu gosto de imaginar que "arruinei da vida de alguém" ou seduzir uma pessoa a ponto de ela ser irreparavelmente minha. Namorei a Joana por um tempo, mas inevitavelmente perdi o interesse. Mas ela não. Foi quando encontrei outra finalidade para ela. Certa noite, fomos a uma festa onde a apresentei para o Jace. Ele se destacava pela sua beleza e carisma, o que era suficiente para querer destruí-lo.

Durante o tempo em que Jace namorou Joana, eu fiz questão de mantê-la ao meu lado com um brinquedo: Eu a convencia a marcar um encontro com ele e depois cancelar para ficar comigo. Ela sabia que estava sendo usada por mim. E quando começou a sentir remorso, volteia terminar nosso o relacionamento. Esperei até que ele a pedisse em casamento. E, então, liguei para ela novamente. Disse que éramos feitos um para o outro. Jace descobriu. Me deu um soco no rosto e rompeu a nossa antiga amizade.

— A amizade é uma coisa sobrestimada, doutora Fairchild. — Resmunguei.

— Nenhum arrependimento? — Insistiu.

— A senhora sabe que sou incapaz de sentir tal sentimento doutora.

— Tubo bem. — Disse vencida. — Voltaremos a esse assunto outra hora. — Anotou em sua prancheta. — Hoje que quero que você me conte mais sobre seus pais.

— O que a senhora escreveu em sua prancheta? — Pergunto curioso.

— Nada demais. Só algumas anotações.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu