Magnus Bane Part3

435 46 21
                                    


— Alexander... — Eu não gostava dele, na verdade, eu não suportava a sua presença, mas eu não podia deixá-lo sangrar até a morte. Eu posso ter mudado muito depois do que me aconteceu, mas não mudei tanto assim. — Mas que porra é essa? — Gritei. Seu rosto estava coberto de sangue, parecia que ele havia sido atropelado por um caminhão. — O que aconteceu com você?

— Fala baixo por favor, eu não quero acordar Isabelle. — Disse servindo-se de uma dose tripla de Whisky. — Eu estou bem, volte para a cama.

— Bem? A sua definição de bem é muito distorcida. — Havia um hematoma em seu olho esquerdo, um corte em seu lábio superior e seu nariz parecia que estava quebrado. Ele podia estar tudo, menos bem. — Você está todo arrebentado.

— Não foi nada demais. — Sorriu levando o copo até a boca. — Eu estou bem, não precisa se preocupar comigo.

— Eu não estou preocupado com você, eu estou preocupado com seu sangue manchando o tapete. — Vou até o quarto, pego uma toalha úmida e volto correndo para o escritório. Eu precisava limpar o sangue para saber o tamanho do estrago. — O que aconteceu com você?

— Vamos dizer que o meu pedido de desculpas não saiu como o esperado. — Deu de ombro.

— Desculpas? Do que você está falando? — Franzi o cenho observando seus ferimentos.

— Eu fui até a farmácia comprar o seu remédio, quando me dei conta, estava na porta do restaurante Turco levando um soco na cara.

— E ele te pegou com uma gangue ou coisa do tipo? — Pelo seu estado, ele havia apanhado de pelo menos uns três homens.

— Ele estava sozinho.

— Sozinho. — Arregalei os olhos. — Ele deve ser um homem bem forte. — Eu precisava bater palmas para aquele homem, ele havia lavado a alma de muita gente.

— Pior que não era. — Riu em ironia. — Ele deve ter 1,75m e uns 60kg no máximo.

— Como um baixinho magrelo como esse conseguiu te derrubar? — Quando mais eu ouvia, mais chocado eu ficava. O Alexander tinha 1,90m, era forte igual a um touro e ainda por cima, era faixa preta de Jiu-jitsu. Era praticamente impossível ele apanhar de um homem com aquele porte físico.

— Porque eu não revidei. — Voltou a encher o copo de Whisky.

— E porque não?

— Porque me lembrei do que você disse sobre empatia. — Fiquei chocado ao constatar que ele estava prestando atenção em minhas palavras. — Eu transei com a mulher do cara, se eu tivesse revidado, ele se sentiria ainda mais humilhado.

— Você poderia ter ao menos se defendido. — Argumentei.

— Deixa o cara ter a sua revanche. — Disse como se a surra não fosse nada demais.

— Não é assim que funciona, seu idiota. — Como ele pode inverter tudo o que eu disse nessa lógica de doido? Era para ele se desculpar e nunca mais voltar a cometer o mesmo errado, não era para ele virar um saco de pancadas.

— Eu fui até ele, disse que sentia muito pelo que tinha acontecido e me desculpei. Mas ele não queria as minhas desculpas, ele só queria acabar com a minha raça.

— Aí você ofereceu o seu rosto em uma bandeja de prata?

— Eu apenas fiz o que você me disse; me coloquei no lugar dele. — Pegou a toalha da minha mão e a deixou de lado. — Se alguém tivesse roubado a minha mulher, eu teria feito bem mais do que dá apenas alguns socos na cara do sujeito.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Donde viven las historias. Descúbrelo ahora