Magnus Bane - I Believe

487 49 23
                                    


ASSASSINO.

Aquela palavra ecoava em minha mente desde que um oficial de polícia me informou que meu namorado havia sido encontrado em um quarto de hotel com uma mulher, mulher essa que havia sido assassinada.

Minhas pernas tremiam, meu corpo todo tremia. As provas foram colocadas diante dos meus olhos: Alexander havia chegado no bar por volta das dez horas da noite, bebeu oito doses de Whisky, três shots de tequila, cinco cervejas, em resumo; ele estava completamente embriagado. Vi quando uma mulher muito atraente adentrou no ambiente, vi eles conversarem, rirem e saírem abraçados do bar.

Suas impressões digitais estavam no pescoço da vítima, havia sêmen, sêmen que provavam que eles haviam tido relações sexuais. Tudo naquela mesa provava que Alexander, que o meu Alexander não era apenas infiel, ele também era um assassino. Mas alguma coisa dentro de mim me dizia que aquilo era um erro, um grande erro da polícia de Nova York.

Então, indo contra tudo o que os outros pensavam, indo contra o próprio Alexander, eu iria lutar, eu iria provar que aquilo tudo não passava de um grande engano.

— Alguma novidade?

Foi a primeira coisa que Sebastian disse ao me ver entrando em seu quarto. Era estranho, mas ele era a única pessoa com quem eu podia conversar. Ele não julgava minha fé cega em Alexander, ele não julgava meu empenho em provar sua inocência.

Suspirei desanimado. Aquele foi um longo dia tentando encontrar um advogado que aceitasse defender minha causa. Eles sempre alegavam que não tinha como inocentá-lo, afinal, o próprio Alexander insistia em dizer que era culpado pelo crime.

— Ele não aceitou. — Respondo jogando meu corpo cansado em cima de sua casa. — Disse que o máximo que podia fazer é alegar que ele era inimputável e tentar transferi-lo para um hospital de custódia. — Digo desanimado.

— Infelizmente essa é a sua melhor opção. — Disse com consciência de causa. Sebastian era um dos melhores advogados criminalistas de Nova York.

Mas eu me recuso a aceitar que o homem que eu amo passe o resto da vida atrás das grades, mesmo que essas grades fossem ajudá-lo a resolver seus problemas psicológicos.

— Seria se ele fosse realmente culpado.

Mas não era. Meu Alexander, não teria coragem de matar nenhuma mosca. "Ele não teria coragem." Repetia essa frase como se fosse um mantra.

— Mas ele confessou o crime. — Argumentou.

Eu já conhecia esse argumento de cor. Todos me diziam a mesma coisa. Mas eu conhecia o homem por quem me apaixonei, eu sabia que ele não teria coragem cometer um crime como aquele. Alexander era estourado, egoísta, narcisista, egocêntrico e até mesmo maldoso, mas ele não era um assassino.

— Quantos anos a gente se conhece? —Perguntei puxando uma cadeira. Eu tinha que provar um ponto e não podia fazer aquilo deitado de bunda para cima como um adolescente que havia acabado de chegar da escola.

— Uns vinte anos!? — Respondeu não entendendo onde eu queria chegar com aquela pergunta tão fora de hora.

— E quantas vezes você me viu realmente tento certeza de alguma coisa?

O que não era uma pergunta difícil. Eu não sou conhecido pela minha intuição aguçada. Até mesmo uma criança de cinco anos consegue me passar a perna.

— Umas três vezes.

primeira, foi quando Catarina arrumou um namorado. Todos o adoravam a davam o maior apoio para o relacionamento. Para todos, John era um príncipe saído de um livro de contos de fadas. Mas alguma coisa me dizia que aquele homem não prestava. Em resumo: Ele acabou se mostrando uma verdadeira decepção. John não era um médico bem-sucedido, John era um golpista que se aproveitava de mulheres frágeis e indefesas.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Onde histórias criam vida. Descubra agora