Alexander Lightwood - Capitulo 5

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Não estou acostumado a ser tratado naquele jeito. Ainda mais por uma pessoa que está me prestando um serviço. Quem aquele doutorzinho de merda pensa que é?

— Então é assim que o melhor psicólogo de Nova York traga seus paciência? — Perguntei visivelmente irritado. — Por acaso você tem ideia de quem está falando? Eu posso te processa até a sua última geração, doutor Bane.

— Esteva à vontade, senhor Lightwood. — Deu de ombro. — Prefiro perder todo o meu dinheiro ao perder uma hora da minha vida escutando um monte de mentiras. — Cruzou as pernas, ele não perecia nenhum pouco preocupado com a minha ameaça. — Eu posso ser um dos melhores psicólogos de Nova York, mas não sou Santo Milagreiro. Não posso te ajudar se você insistir em me fazer de idiota.

Se fosse em outra ocasião, eu teria saído por aquela porta e só voltaria a encontra-lo nos tribunais. Mas tinha alguma coisa naquele homem que me atraia. Não sei ao certo. Então decidi ficar para ver onde aquilo iria parar.

— Você vai começar a colaborar ou eu vou ter que acionar meus advogados?

Olhei para a porta colocando uma almofaça em minhas costas. Eu não iria a lugar algum.

— Então... — Sua voz se suavizou. — Porque você estava tão estressado no dia do ocorrido?

— Eu não estava estressado. — Cruzei os braços.

— Tem certeza? — Olhou para a sua prancheta. — Você quebrou o nariz de um menino com a metade do seu tamanho.

— Menino? — Sorri, lembrando-me do trombadinha que dirigia aquele maldito Camaro amarelo. — Aquele "menino" era um filhinho de papai de 22 anos que dirige feito louco pelas ruas de Nova York em um carro sem seguro.

— E isso lhe dá o direito de quebrar seu nariz?

— Como você deve saber, eu estou travando uma briga judicial pela guarda da minha irmã. — Expliquei. — Naquela tarde, eu recebi a confirmação de que minha mãe tinha voltado a ingerir bebida alcoólica. Eu tinha de correr para não perder o fragrante, mas tinha um engarrafamento monstruoso na avenida principal e eu estava com muita pressa, resolvi dá a ré para sair dali e procurar outro caminho quando aquele trombadinha nascido em berço de ouro bateu em meu carro. Eu não estava "estressado" eu estava irritado.

— O que mais te irritou naquela situação.

— Não ter conseguido chegar ao local do fragrante.

— Interessante. — Voltou seus olhos para a prancheta. — Aqui diz que o outro motorista cuspiu em seu rosto, o que você tem a dizer a esse respeito.

— Que eu menti a esse respeito. — Dei de ombro. — Eu fui pego em fragrante tentando matar outro motorista aos socos e pontapés, tinha que inventar alguma coisa para justificar a minha "violência"

— Então a cusparada não ocorreu de fato? — Me encarou arqueando suas sobrancelhas.

— Aconteceu, mas aquele desgraçado é ruim de mira e eu consegui desviar.

— Entendo. — Voltou a escrever em sua prancheta. — Porque você sempre usa palavras agressivas para descrever seu oponente?

— Porque eu ainda quero quebrar o nariz daquele idiota.

— Por causa do carro? — O doutor perguntou.

— Foda-se o carro. — Esbravejei. — Por causa daquele palhaço metido a cantor, eu perdi a chance de pegar a Maryse em fragrante e ainda por cima tenho que perder um hora da minha vida nessa terapia idiota.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Onde histórias criam vida. Descubra agora