Alexander Lightwood - Capitulo 17

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Se havia uma pessoa que podia fazê-lo mudar de ideia, essa pessoa era Isabelle. Ela seria a sua tábua de salvação, a sua luz no fim do túnel. Magnus acreditava ser impossível se apaixonar por Alexander Lightwood, mas e se ele acabar se apaixonando? Se isso acontecer, ele estaria perdido para sempre. Se apaixonar por um sociopata é decretar a própria infelicidade.

— Alguma coisa errada com a sua comida? — Todos estava desfrutando de um delicioso atum grelhado, mas Magnus não havia nem tocado em seu prato. — Coma antes que esfrie.

— Você poderia parar de me empurrar comida de cinco em cinco minutos? — Disse irritado. Ele não estava acostumado com esse excesso de atenção.

— Só quando você parar de agir como uma criança mimada. — Calmamente, Alexander pegou uma fatia de atum e levou em sua direção. — Você sabe que precisa se alimentar direito.

— Não estou com fome. —Virou o rosto.

— Você gosta mesmo de me dar trabalho, não é mesmo?

— Eu não pedi para você fazer absolutamente nada por mim. — Retrucou. — Por mim eu estaria no meu apartamento enrolado nas cobertas enchendo a minha barriga de biscoito recheado.

— E por mim, eu estaria trabalhando nos meus processos.

— Quem está te impedindo? Eu já disse que não quero que você faça absolutamente nada por mim.

— Magnus. — Isabelle tentou intervir. Mas ele estava tão focado na discussão com Alexander que nem ouviu quando ela lhe chamou.

— Sua presença não é bem-vinda. Já falei que fico enjoado quando olho para a sua cara? Deve ser por isso que perco o apetite.

— Tudo bem. — Levantou-se irritado. — Se a minha presença é tão ruim assim, eu vou deixá-los sozinhos.

— Alexander... — Isabelle o chama, mas mais uma vez ela foi ignorada.

— Marta, certifique-se de que eles terminem de comer.

— Mas e quanto ao senhor?

— Perdi o apetite.

— Você me prometeu que iria tentar. — Repreendeu o futuro cunhado assim que Alexander saiu da sala de jantar.

— É impossível, Isabelle. — Bufou. — A convivência com o seu irmão é impossível. — Levantou-se. — Vou para a minha cela.

Saiu batendo o pé. Magnus sabia que estava errado, mas ele nunca iria admitir.

— O que eu faço com esses dois, Marta? — Isabelle acreditou que a conversa com Magnus havia surtido efeito, mas pelo visto, estava muito enganada.

— Não sei, minha querida. — Suspirou desanimada. — O Alexander está tentando, mas Magnus está irredutível. É complicado.

— Acha que eu devo interferir? Fazê-lo desistir? O Magnus não parece disposto a amá-lo.

— Infelizmente para o senhor Bane, o amor não é uma coisa que podemos escolher ou muito menos controlar.

— Então você acha que o Alexander ainda tem uma chance?

— Nenhuma pessoa é capaz de resistir ao charme do seu irmão. Ainda mais quando ele está se empenhando tanto. Deixe o Magnus ser grosso quanto quiser. Isso não vai durar muito. Quando ele ver que os sentimentos do Alexander são verdadeiros, ele vai mudar de atitude.

— Você acha mesmo que o Alexander tem uma chance?

— Tenho certeza. Não faça nada, deixa eles se acertarem sozinhos.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Where stories live. Discover now