Alexander Lightwood - Capitulo 9

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Ele estava a centímetros de distância de mim. Usava uma regata branca que que ressaltava seu abdômen definido e seus braços torneados. Com aquela bermuda e o cabeço desalinhado, Magnus não se parecia em nada com o almofadinha que conheci a menos de vinte e quatro horas atrás.

— Mais ou menos. — Respondeu parecendo chateada. — Será que é pedir demais que o meu próprio irmão me trate como uma pessoa normal? — Então esse era o motivo de tanta irritação. Isabelle e a sua mania de crescer antes do tempo. — Eu só gostaria que ele me tratasse como uma pessoa normal, não como a droga de uma cega idiota.

— Você nunca vai ser uma pessoa normal para o seu irmão, minha querida.

— Eu sei, para o Alexander, eu sempre serei uma cega idiota.

— Não é pelo seu problema de visão, Isabelle, e sim, porque você é a sua irmãzinha querida. — Falou se aproximando. — Você pode se casar, ter três filhos e cinco netos, mas ao olhos do seu irmão, você sempre vai ser a menina indefesa que ele viu nascer. Tente entende-lo, ele não faz isso para te magoar.

— Eu sei, mas mesmo assim, ele acaba me magoando, me magoando muito.

Posso vê-lo franzir o cenho antes de sentar-se ao seu lado.

— O seu irmão te ama muito, e provou isso quando largou tudo o que estava fazendo para atender a um pedido seu. — Falou sobriamente. — Eu sei que é chato ter uma pessoa vinte e quatro horas por dia controlado cada passo que você dá, mas tente entende-lo. O seu irmão se preocupa com a sua segurança, ele se preocupada com a sua felicidade e com o seu bem-estar. Ele não faz esse tipo de coisa para magoa-la, ele só está tentando ser um bom irmão e bons irmãos fazem esse tipo de coisa. Infelizmente, isso faz parte da nossa natureza.

Isabelle sessou suas caricias ao animal e voltou sua atenção para o doutor Bane.

— Você também tem uma irmã para atormentar? — Perguntou demonstrando interesse.

— Infelizmente, não.

— Mas você disse... Infelizmente faz parte da nossa natureza. " — Enfatizou a palavra "nossa". — Pensei que você fizesse parte do seleto grupo de irmãos mais velhos idiotas.

— Eu não tenho irmãos de sangue. — Explicou. — Mas tenho duas irmãs de alma e elas são tão chatas e tão superprotetoras quando o seu irmão. — Ele disse sorrindo. — Eu conheço muito bem o seu sofrimento.

— Mas você já é adulto, elas não podem fazer isso com você. — Disse indignada.

— Mas elas ainda me veem como uma criança burra, ou você não reparou no jeito que a Catarina falou comigo? "Você já tocou o seu remédio? Você sabe o que acontece quando você não toma aquela porcaria. " — Imitou a mais velha. — Eu tenho quase trinta anos, mas ela me trata como uma criança de cinco. Isso é uma droga, mas esse é o jeito dela demonstrar o amor que sente por mim.

— A Catarina é uma das suas irmãs de alma?

— Ela é a mais velha e nos trata como se fosse a nossa mãe.

— E isso não te irrita?

— Muito pelo contrário. Como eu havia dito... Esse é o seu jeito dela demonstrar o quanto ela me ama e o quanto se importa comigo. — Disse levantando-se. — O que você acha de voltarmos para as outras crianças agora?

Quando ele ficou de pé, eu pude contemplar suas costas em um todo, meus olhos se voltaram para a sua bunda, retirei meus óculos para apreciar melhor aquele momento.

— Boa tarde, doutor Bane. — Soprei em seu ouvi, depositando uma leve rouquidão em minha voz.

— Oh, meu Deus. — Pulou assustado, levando a mão até o peito. — Você quase me matou de susto.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Onde histórias criam vida. Descubra agora