Alexander Lightwood - Capitulo 21

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"Lar: Local onde há harmonia, onde há amor, onde as pessoas vivem e se sentem bem."

Desde que me conheço por gente, eu nunca tive um lugar para chamar de "lar". Quando criança, minha casa não foi um lar, era apenas uma masmorra fria, escura e solitária. Então eu estava sempre procurando uma desculpa para permanecer na rua, sempre procurando um jeito de fugir daquela prisão disfarçada de casa.

Os anos foram passando, o menino perdido havia encontrado seu caminho, um lugar só seu, um lugar que ele poderia finalmente chamar de lar. Mas um apartamento em um dos metros quadrados mais caros de Nova York e uma mobilha moderna, não foi suficiente para ele se sentir em casa. O menino continuava se sentindo preso em uma masmorra fria, escura e solitária. O menino continua inventando desculpas para não voltar para casa. Então Isabelle apareceu, e ele começou a ver uma luz entrando pela sua janela. Voltar para casa não era mais motivo de desconforto e irritação. Ele ainda não tinha aquele sentimento de "estar em um lar", mas ele sabia que aquilo era um começo, um ótimo começo.

Alguns meses depois chegou Magnus, seu salvador. O menino finalmente havia encontrado o último elemento que faltava. Sua casa não era mais uma masmorra. O sentimento de "lar", ainda não havia surgido, mas ele se sentia bem, se sentia muito bem todas as vezes que voltava para casa.

— Seu amante é muito bonito. — Aquele maldito carcereiro não perdia uma única oportunidade de me irritar. Geralmente eu ignoro, mas hoje eu estou sem paciência para suas idiotices. — Eu vou ficar muito feliz em cuidar dele depois que você fritar na cadeira elétrica. É um pecado desperdiçar uma bundinha tão bonita como aquela. — Tagarelava tentando chamar minha atenção. — Mas primeiro eu vou ter que despachar o tal advogado. Você viu o jeito que ele olhava para seu namoradinho? Era tanta tensão sexual que dava para cortar com uma faca. — Continuou. — Mas tenho certeza de que consigo ganhar daquela Mauricinho. Se for levar seu histórico em consideração, seu amorzinho tem uma quedinha por um tipo criminoso. É só bancar o cara mal, que ele vai cair na minha casa em um piscar de olhos.

— Um tiro entre os olhos, freio cortado, incêndio "acidental", afogamento na banheira, uma parada cardíaca... Eu vou deixar você escolher a forma pela qual vai morrer, mas a minha favorita é ser enterrado vivo. — Digo como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Nada melhor do que ver a terra sendo jogada em cima do seu corpo, sentir a falta de ar comprimindo seus pulmões.

— Seu... — Disse furioso me puxando pelo colarinho. — Quem você pensa que é?...

— Eu posso estar preso, mas minha influência fora desses muros continuam intactas. Eu posso acabar com sua vida com apenas um estalar de dedos, então, eu sugiro que você pare de me provocar. Não sou muito conhecido pela minha paciência. E sobre meu "namoradinho" ... Mesmo depois da minha morte, terá uma pessoa para cuidar dele. Então, nem você e muito menos aquele advogadinho de merda poderá toca-lo.

— Você... — Bufou. Muito bem... Era essa a reação que eu queria causar. — Você não passa de um psicopata.

— Não se esqueça que eu também sou um assassino, um assassino cheio de contatos. — Dei um dos meus famosos sorrisos repletos de desdém. — Sugiro que você se ponha no seu lugar e pare de encher a porra do meu saco.

— Você é louco. — Disse soltando meu colarinho. Dava para ver medo em seu olhar. Ele realmente havia acreditado em minhas palavras. Pronto. Eu estava feliz. Era aquela reação que eu queria causar.

— Louco, psicopata, assassino e rico para um caralho. — Completei. — Me leve logo para minha cela porque essa sua cara de idiota me dá náuseas.

Para muitos, essas quatro paredes de concreto seriam incomodas, desconfortáveis, sufocantes, uma verdadeira tortura. Mas não me sinto dessa forma. Toda minha vida, eu senti como se estivesse vivendo em uma masmorra. Minha vida sempre foi uma prisão. Então, estar aqui, entre essas quatro paredes de concreto, não me deixar incomodado e muito menos desconfortável. Eu sinto como se estivesse em casa, como se aqui fosse o meu lar.

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⏰ Last updated: Jul 10, 2019 ⏰

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Confissões de um Sociopata (Malec) -Where stories live. Discover now