Alexander Lightwood - Capitulo 3

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Ao me virar, ele já havia coloco boa parte das roupas que havia retirado a alguns minutos atrás. Deu um sorriso de canto de boca e foi embora, me deixando completamente desorientada.

Subi as escadas do meu prédio sem conseguir confiar em minhas pernas. Elas estavam tremulas desde que Alexander Lightwood saiu do meu consultório.

Eu ainda podia sentir a textura de seus lábios junto aos meus. Eles eram quentes, macios e tudo o que eu mais queria era que aquele beijo durasse para sempre. Nunca em minha vida um beijo mexeu tanto comigo. Aquele beijo fez eu me sentir viva pela primeira vez em muito tempo.

Assim que entrei em meu apartamento, eu comecei a pensar no que teria acontecido caso não fossemos interrompidos por Camille: Se ele conseguiu me deixar assim com um único beijo, o que teria acontecido comigo que o ato sexual fosse consumado?

Era melhor eu parar de pensar no que teria acontecido se não eu não iria conseguir dormir, então, tratei de ignorar meus pensamentos. Deixei bem claro para mim mesma que aquilo tudo não passava de uma loucura da minha cabeça. Era apenas um encantamento passageiro. Eu iria acordar pela manhã e não haveria mais nenhuma lembrança do que aconteceu entre mim e Alexander Lightwood.

Fechei a porta atrás de mim. Acendi as lâmpadas e deixei os sapatos na entrada. Me sentei no sofá tentando acalmar as reações exageradas que o beijo do meu paciente havia me causado.

Olhei em volta. Meu apartamento não era grande, mas era o meu lugar. Depois de anos de estudos, eu finalmente havia conseguido ter um lugar para chamar de meu, um trabalho do qual eu amava e amigos que fariam qualquer coisa por mim e eu por eles. Eu tinha uma vida praticamente perfeita e não podia entrar em um relacionamento com uma pessoa igual ao Alexander Lightwood. Respirei fundo e tomei um banho para relaxar e, depois, tentar dormir um pouco.

Fui para cama, mas não tive o sono tranquilo que desejava. Aquela noite me trouxe lembranças daquela tarde e Alexander, era o protagonista. Seus lábios em meu pescoço, sua voz rouca, suas mãos fortes apertando meus seios. Sua barba roçando em minha pele, sua língua descendo pelo meu abdômen. Seus beijos. Droga! O que está acontecendo comigo, meu Deus? O beijo de Alexander me deixou completamente excitada e querendo mais. Eu não me importava mais com a ética médica e paciente. Eu estava louca pelo meu paciente e estava realmente ferrada.

Uma semana havia se passado desde o nosso último encontro. Uma semana que eu olho para o seu prontuário para admirar a sua foto. Uma semana que eu luto contra a vontade de ligar para ele. Em uma única tarde, aquele homem conseguiu entrar na minha cabeça e se tornar o centro de minhas atenções, o centro dos meus pensamentos, o centro de tudo.

Olhei para o relógio. Em menos de vinte minutos ele vai entrar por aquela porta.

Cinco minutos.

Um minuto.

— Boa tarde, senhor Lightwood. — Comprimente como era de costume. Não podia deixar transparecer meus verdadeiros sentimentos. Pelo menos, não antes dele dar o primeiro passo.

— Boa tarde, doutora. — Sorriu. — Pensei que havíamos concordado que a senhora iria me chamar de Alexander na nossa última sessão.

— Boa tarde, Alexander. — Retifiquei. — Como você está?

— Bem. E a senhora?

— Estou muito bem Alexander. — Fechei a porta do consultório. — Pode se sentar.

— Obrigado.

— Como você está se sentindo nessa tarde?

— Vitorioso.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Où les histoires vivent. Découvrez maintenant