Alexander Lightwood - Capitulo 15

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— Eu não vou deixar que você continue com essa palhaçada. — Disse impedindo a sua passagem. Foram quase vinte anos abaixando a cabeça para ela e para os seus caprichos. Mas agora seria diferente. Já havia passado da hora dele se impor. — Eu não vou deixar que você encoste um único dedo no Alexander. — Foi forme. — Essa história termina aqui e agora.

— Não vai deixar? — Perguntou demonstrando tranquilidade. — Quem você pensa que é para me dizer o que eu devo ou não fazer?

— Eu sou o seu melhor amigo. — Ele estava calmo por fora, mas por dentro, seu coração estava batendo a mil por hora. — Sou a pessoa que te conhece melhor do que ninguém. — Disse usando sua uma cartada. — Eu conheço o seu coração. Você não é assim.

— Não sou assim? — Riu em ironia. — Você é o tipo de pessoa que só vê o que quer ver. Até mesmo o cachorro que mexe no meu lixo sabia que o Sebastian enchia a sua cabeça de chifres. Mas você, você acreditava que ele era um príncipe encantado.

— Então você está dizendo que a nossa amizade é uma mentira? Que a Clary que eu conheço desde criança nunca existiu de verdade?

— Estou dizendo que não sou a mulher perfeitinha que você idealizou nessa sua cabecinha sonhadora. Eu sou uma pessoa real. Uma pessoa que tem ideias fortes, uma pessoa que não vai deixar um filho da puta como o Alexander Lightwood sair impune.

— Nem se for um pedido meu? — Apelou mais uma vez para amizade entre eles.

— Nem por você e nem por ninguém. — Seus argumentos haviam terminado. Não havia mais o que dizer, mais o que pedir, mais o que implorar. Clarissa estava determinada. Seu ódio havia lhe cegado, não a deixava ver o quanto ela estava sendo irracional. — Espero que algum dia você possa entender os meus motivos.

— Eu nunca vou entender seus "motivos". — Disse tentando conter as lagrimas. — Eu nunca vou entender o fato de você estar usando a minha doença para alcançar seus objetivos. Eu nunca vou entender a sua traição.

— Eu estou trabalhando com o que eu tenho. — Argumentou. — Se você não fosse um fraco, nada disse estaria acontecendo.

— Ter consciência é sinal de fraqueza agora? — Seu coração estava em pedaços, mas ele se mantinha firme. — Ao conhecê-lo, eu vi o tamanho do erro que estávamos cometendo. O Alexander não é o monstro que você criou em sua mente, ele é apenas um menino perdido. Um menino que quer se encontrar, que quer se tornar uma pessoa melhor, um menino que quer ser feliz. Droga, Clary! Nós escolhemos essa profissão porque queríamos ajudar a quem precisava de ajuda. O nosso trabalho é ajudar, não destruir.

— Sai da minha frente. — O empurrou para o lado. —Eu já disse que tomei a minha decisão.

— Clary... — A segurou pelo braço. — Eu não vou deixar você fazer isso.

— Solta o meu braço. — Gritou. — Me solta.

— Você não vai a lugar algum.

— Socorro! Socorro! Socorro! — Berrava.

— Mas que porra está acontecendo aqui? — Alexander havia arrombado a porta deixando ambos de boca-aberta. — Solta ela, Magnus.

— Alexander... — A ruiva pulou em seus braços chorando copiosamente. — Me ajuda, por favor! Não deixe que ele me machuque.

— Te machucar? — Magnus não podia acreditar em seus ouvidos. Em momento algum ele havia usado da força para segurá-la. — Você pirou de vez? — Perguntou em choque.

— O único pirado aqui é você. — Rebateu. — Você enlouqueceu quando eu disse que iria contar toda a verdade para o Alexander.

— Clary... — Implorou com o olhar. — Não faça nenhuma besteira.

Confissões de um Sociopata (Malec) -Where stories live. Discover now