Capítulo 7: A Música

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O café da manhã tinha tanta coisa que era impossível escolher o que comer

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O café da manhã tinha tanta coisa que era impossível escolher o que comer. Admito que eu não conhecia metade das coisas que havia ali e me perguntei intimamente o que eram ou do que era feito. Na mesa da frente, o príncipe observava, ao contrário de seu pai na noite anterior. Isso fez com que muitas garotas mal tocassem no que estava servido, e percebi muitas fazerem pose até para tomar uma xícara de chá. Se continuassem assim, provavelmente muitas morreriam de fome em pouco tempo, e a população de garotas cairia por causa dessa bobagem.

Achava que os elfos não gostavam e não sentiam prazer em comer. Uma vez experimentei um pão élfico chamado lembas, e odiei mais do que qualquer outra coisa que já havia experimentado. Não tinha gosto bom, e com uma mordida meu estômago se encheu depressa, não consegui comer mais nada durante seis horas e então, achei que era aquilo que os fizessem ter um corpo perfeito e definido.

Dez minutos depois que o café foi servido, o rei Thranduil juntou-se ao seu filho. Outra vez sem aquela cerimônia toda com trombetas, o que nos fez dar reverências confusas e em diferentes tempos. Aquilo parecia um desastre total e eu me segurava para não rir, pois não me divertir com a tentativa falha de impressiona-los era impossível.

- Não precisam fazer uma reverência tão formal todas as vezes que eu aparecer. - Thranduil disse, e ele parecia de muito bom humor. O agradeci intimamente por nos esclarecer isso - Senão, terei dor nas costas ou no pescoço todas as vezes que for cumprimentar cada uma de vocês, e não acho isso prudente.

Duvidei que elfos tivessem dor nas costas ou algo parecido. Eles eram imortais, tinham o corpo quase blindado e provavelmente - pelo menos era o que imaginava - para lhes causar dor deveria ser bem difícil. Ou eu estava completamente equivocada com relação a isso e realmente não conhecia nada sobre eles.

Thranduil sentou-se ao lado de Légolas na mesa em frente à nossa. Juntos, não pareciam pai e filho de jeito nenhum, apesar de terem a exata aparência: altos, loiros, olhos azuis claríssimos, boca pequena levemente rosada que ás vezes aderia um sorriso tão bonito quanto as estrelas no céu. Thranduil parecia mais irmão de Légolas do que seu pai.

O silêncio das garotas permitia ouvir um pouco da conversa entre os dois, e aparentemente o rei não estava nem um pouco satisfeito com a expulsão da elfa no dia anterior.

- Ela era uma de minhas favoritas. - Thranduil disse sem se preocupar conosco, e chamou a atenção de várias das garotas que tentavam não transparecer sua atenção.

Tentei não levantar a cabeça e olhar, prestar atenção na conversa dos outros era uma coisa abominável no meu ponto de vista, pois eu nunca gostei de fofocas ou de me intrometer na vida alheia à minha.

- Mas não era uma das minhas. - Légolas rebateu, e parecia nada satisfeito em ter aquela conversa perto de nós. - Ainda não tenho favoritas, se quer saber.

Algumas garotas suspiraram aliviadas. Como poderiam temer algo do tipo? Era óbvio que ele ainda não tinha favoritas.

- Claro. - Thranduil pareceu concordar apenas por estarmos todas ali, em silêncio. - Mas você deve ser mais tolerante, não fora uma atitude delicada e justa. O que as outras irão pensar?

Príncipe LégolasOnde histórias criam vida. Descubra agora