Um Príncipe. 30 garotas.
Uma coroa: uma escolha.
Elfos se apaixonam uma vez na vida - mesmo ela sendo tão longa, imortal.
Mas Légolas, filho do arrogante rei da Floresta das Trevas, Thranduil, nunca teve a chance de se apaixonar por alg...
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Legolas não apareceu no jantar daquela noite, e eu sabia que era a verdadeira culpada por isto. Ele estava chateado comigo depois do que disse, mas eu não era a total culpada. Não queria levar uma coisa dessas adiante, sendo que eu havia deixado claro, desde o início, que não estava nessa competição para tentar conquistá-lo! E aceitei seu pedido de ajuda por ser estúpida com ele, julgando-o de forma inadequada, mas não sabia onde as coisas iriam parar. O príncipe é maravilhoso, e não sei por que ele gostaria de uma mulher simples – e a maioria das vezes, sem escrúpulos – como eu.
– Está mesmo tudo bem? – era a segunda vez que Hangar me perguntava. – Realmente, acho que está doente. A senhorita mal tocou na comida. E, normalmente, come tanto que até invejo a sua boa forma.
– Eu estou bem, mesmo. – respondi a ela pacientemente, mas senti que não era convincente como queria. Nunca consegui mentir muito bem, minha expressão facial sempre me condena. Minha mente me perturbava intensamente naquela noite, e eu não conseguia parar de me imaginar naquele piano com Legolas em meio às minhas pernas se entregando àquele desejo inconsequente.
Hangar deu de ombros. Eu era péssima em me aproximar e fazer amizade, mesmo com aquelas que gostariam de ser minhas amigas. Percebi que esse era mais um tipo de comportamento que implica em eu não ser indicada como a mulher ideal, princesa da Floresta das Trevas, futura líder e tudo mais o que aquele título proporcionava.
– Acho que magoei o príncipe. – Disse baixinho, apenas para Hangar ouvir. Não gostaria que as outras soubessem do assunto, mas gostaria de conversar com alguém sobre o ocorrido. – Acho não, tenho certeza. Eu costumo ser idiota as vezes, entende?
– O que houve? – Hangar mostrou um interesse particular no assunto.
– Eu disse umas coisas a ele que não deveria dizer. -não que eu nunca tenha feito isso antes, enfim. - Eu sou estúpida demais, nunca consigo fechar a boca. Sou muito sincera e desbocada, e de certa forma isso me prejudica demais. E agora, Legolas acha que eu... enfim, que eu fiz por querer. Quando na verdade foi tudo um mal entendido estúpido.
Tentei contar da melhor maneira possível. Por mais que confiasse em Hangar, o assunto do beijo no salão deveria ser mantido em segredo. Meu vestido daquela noite era de gola alta e tampava as manchas do meu pescoço das vistas curiosas dos demais.
– O que disse foi tão grave assim? Pior do que quando foi o seu primeiro encontro? - ela perguntou assustada.
– Possivelmente. E precisaria conversar com ele essa noite, mas acho que nem veio ao jantar por minha causa. – confessei, sentindo-me completamente culpada.
– Eu sinto muito. Acho que deveria desculpar-se de alguma forma. Já tentou um bilhete? – A elfa sugeriu. - Marque um encontro, talvez ele compareça. Acho que hoje não verá ninguém, não ouvi nenhuma garota dizer que ele a convidou para alguma coisa.
