Capítulo 27: A Única Exceção? Parte I

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Notas iniciais:

Acho que criei um confusão mental em vocês quando listei as opções nas notas finais do capítulo anterior. Aquelas opções eram as que as leitoras esperavam e comentavam o que provavelmente iria acontecer. Com isso, eu resolvi surpreender e criar algo novo. Como a história é baseado em A Seleção, as pessoas esperavam que o Runel e a Hangar estragassem essa parte da história, mas eu já tinha em mente algo diferente. Então, vamos prosseguir. Espero que tenham entendido. 

Boa Leitura 

Quando recuperei meus sentidos soltei-me do rei num empurrão que juntou todas as minhas forças para rejeitá-lo

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Quando recuperei meus sentidos soltei-me do rei num empurrão que juntou todas as minhas forças para rejeitá-lo.

– O que está acontecendo aqui? – Uma voz perguntou logo atrás de mim e me fez arrepiar de medo. – Mantenha-se longe dele, Luzziel!

Minha mãe puxou-me para perto de si e passou a encarar o rei que se recompunha do beijo de maneira invejável. Sem pensar duas vezes ela se pôs à frente de Thranduil com um olhar severo, como se quisesse proteger-me dele.

– O que deu em você? - ela perguntou chegando mais perto dele para confrontá-lo. Tamanha era a sua coragem, mas um pouco tola. Thranduil decerto daria uma resposta à altura, exigindo respeito ao rei de onde nos encontrava-nos.

Mas tudo o que ele fez foi fitá-la, seu olhar confuso e seus gestos estranhamente retraídos. Sua expressão não era severa, mas sim de puro espanto. Sua voz parecia ter sumido, mas sua compostura ainda era de um exímio rei. Sua boca abriu-se por uns momentos afim de dar maiores explicações, mas essa não conseguiu emitir sequer ruídos.

Permaneci atrás de minha mãe petrificada e confusa. Melrise não recuara um passo sequer da presença de Thranduil e encarava-o de cabeça erguida, sem ao menos demonstrar nada além de uma súbita raiva e o sentimento de defender a filha. Ela era durona, isso eu sempre soube, mas como ela poderia ser tola a ponto de deixar o rei da Floresta das Trevas sem palavras? Ou isso era um tipo de superpoder? O que sinceramente cogitei que pudesse existir.

– Está tudo bem, mamãe. – finalmente consegui responder, mas ela não fez questão sequer de virar seu rosto para mim.

– Não acha que passou dos limites? – ela perguntou ainda voltada para o rei, como se exigisse à ele um pedido de desculpas e explicações sobre seus atos inesperados.

Thranduil tomou sua típica expressão fria e severa de sempre, mas não desviava o olhar de minha mãe, que era firme em seu posto.

– Só porque ela é sua filha? – o rei perguntou segundos depois, da forma mais calma e invejável que já presenciei.

– Só? – mamãe tinha um tom sarcástico na voz. – Não seja tão imprudente.

– Basta. – Thranduil deu meia volta e rumou para o palácio, não fazendo questão de me olhar.

– Não acha que deve explicações a ela? – Melrise dirigia-se ainda para o rei, esse que parou em meio caminho. Parecia tomar decisões do que faria.

Príncipe LégolasWhere stories live. Discover now