Capítulo 34: Desafio

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Notas Iniciais:

Achei que eu estava melhorando com os títulos, mas estou enganada husuahsuhahus

Boa Leitura 

♥♥♥

Caminhei silenciosamente ao lado do senhor Aragorn até o estábulo atrás da estalagem. Guilden exibia uma expressão furiosa acima de seu convidado, porém não se atrevia a dizer nada e apenas o acompanhou com o olhar. Sequer ousou chamar pelos outros irmãos e seu pai, apenas observava Aragorn pegar suas coisas e seu cavalo, deixando-me sempre ao seu lado para confirmar que Guilden não me fizesse nenhum mal. Peguei minhas coisas também um pouco receosa, incluindo todas as economias que havia juntado naqueles meses. Guilden parecia ter medo de Aragorn e se um homem alto e robusto como ele tinha, o que será que Aragorn fazia? Provavelmente era um grande guerreiro e eu temi que ele fosse ruim, apesar de seu ato de cavalheirismo.

– Querem vir comigo? – Aragorn ofereceu as outras duas criadas, que acordaram quando fui buscar meus pertences do quarto.

– Como é? – Trusdy não entendeu bem a situação, mas ruborizou a face ao ver Aragorn em nossos aposentos.

– As senhoritas não merecem servir este homem. Sei que as trata mal, que abusam das senhoritas por achar ser dono de vocês. – Aragorn disse, chocando ainda mais as criadas.

– Você não pode levar todas as minhas criadas embora, Aragorn! – Guilden protestou. – Elas me devem. E eu nunca abusei delas, se quer saber.

Guilden encarou as mulheres em busca de apoio. Essas que afirmaram com a cabeça um tanto temerosas.

– Meu amo nunca me tratou com desrespeito. – Hëllinien disse com a voz tão fraca que foi difícil acreditar.

Trusdy ainda apenas afirmava com um movimento.

– Pois bem. – Aragorn assentiu, ainda desconfiado. – É a última chance que lhes dou.

– Elas não vão a lugar nenhum. – Guilden persistiu. – Estão comigo a anos. Pode levar essa garota, mas não minhas fiéis servas!

Trusdy e Hëllinien entreolharam-se ainda confusas.

– Vamos, Aimmee. – Aragorn chamou-me, puxando meu braço de leve, indo em direção a saída da estalagem.

À porta, os senhores apareceram aflitos. Não entendendo bem a situação, observaram Aragorn guiar meus passos em direção ao cavalo, agrupou meus pertences e os dele nos animais e ajudar-me a montar.

– Espero nunca mais ver-lhe outra vez! – Guilden gritou, frustrado. - O abrigo com toda a cortesia que poderia lhe oferecer e é assim que me devolve? Amaldiçoada seja a viagem de ambos!

– Ainda ouvirá meu nome e meus feitos muitas vezes antes de sua morte, Guilden. – Aragorn respondeu, abrindo um sorriso fraco. - Sabe que nos reencontraremos.

De pé, Aragorn guiou seu cavalo para fora do estábulo, e senti certa segurança e admiração por ele. Aragorn era um educado cavalheiro, porém temido pelos demais. Guilden tinha mais dois irmãos para ajudar-lhe a impedir que o hóspede me levasse, mas não recorreu a eles, visto que todos olhavam o assustados. Talvez aquele misterioso homem fosse ainda mais forte e valente do que todos aqueles presentes na casa.

Descobriria depois.

*

Meus olhos arderam sob a luz fraca do sol meio encoberto pelas nuvens acima de nós. Ouvi o cavalo trotar ao lado, ruminando o vasto pasto verde vivo, um vento frio soprando a espinha e um cheiro forte de flores silvestres. Forçando as vistas, enxerguei Aragorn já de pé, abrindo um de seus sacos fartos de comida, revelando-me seu conteúdo não muito variado.

Príncipe LégolasWhere stories live. Discover now