Capítulo 31: Romance em Família

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Notas Iniciais:

Gif da Melrise atual na capa (não sei quem é essa, achei no pinterest a imagem dela e vi que combinava com a Mel de The Only jovem)

O título do capítulo parece incestuoso hsuhahuusha mas não é bem isso. Ele chamava-se Humanos também se apaixonam uma vez, eu não sou nada criativa com títulos, enfim.

Boa Leitura 

Boa Leitura 

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- Por favor, abram o portão – pedi aos guardas mais uma vez, que insistiram em não fazê-lo por causa daquela fatídica noite.

– Da última vez a senhorita se perdeu na floresta. Não podemos cumprir com essa ordem sem a aprovação de Vossa Alteza. – Um dos elfos respondeu, fazendo-me perder a paciência por completo, eu já não aguentava mais ficar um segundo sequer naquele reino.

Runel estava ao meu lado pronto para partir de cara fechada. Não disse uma palavra sequer desde o momento em que eu o encontrei ao pé da escada. Apenas concordou com a cabeça quando disse que queria ir embora, e me acompanhou logo após. Não havia procurado minha mãe ou meu pai, e não queria conversar com ambos antes de sair dali. Sairia primeiro, depois me encontrava com eles para explicar minha decisão.

– Podem abrir o portão. – A voz de Legolas ressoou atrás de mim, ordenando aos guardas que fizessem o que eu pedi. Seus olhos estavam um pouco vermelhos e sua expressão fria. Nos encaramos uma última vez, eu precisava olhá-lo nos olhos e seguir firme com minha decisão. O príncipe assentiu com um movimento leve e gracioso de sua cabeça, me saudando e dando sua última reverência voltou para o palácio em passos lentos.

Os guardas abriram o portão, revelando a floresta das trevas para nós. Rapidamente saí do reino de Thranduil, e decidi que com isso deixaria também todos os sentimentos novos que descobri para trás. Legolas faria parte do meu passado, um passado bonito, tentador, quente e cheio de paixão, mas que precisava ficar para trás.

Runel me acompanhava o tempo inteiro, levando minhas coisas em suas costas, ao qual protestei, mas ele não fizera questão de responder. A trilha para a cidade do lago ainda estava lá, e não demoraria muito chegarmos até ela, e de lá rumar até a cidade de Mín. No máximo três horas de viagem a pé, talvez quatro, se não parássemos para descansar de vez em quando.

Percebi que na trilha o ar alucinógeno não nos atacava. Talvez fosse esse o segredo, talvez ele não afetasse os elfos de fato. Andamos até nossos pés reclamarem da dor, e paramos com mais ou menos duas horas de viagem. Se tivéssemos um cavalo, talvez em duas horas e meia completássemos o curso, mas não me preocupei em pedir um.

Runel passou a observar-me. Seus olhos verdes ainda marejavam, e de tempos em tempos o via engolir em seco. Sabia que sofria por minha causa, mas eu não tinha como pedir desculpas por estar apaixonada por outro. Só me restava continuar ao lado dele, e cumprir com nossas promessas de adolescentes.

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