Perfeitamente Quebrados

O Baile - Parte II

Gente, esse foi o maior capítulo da minha vida. Desculpem pois me empolguei um pouco hahahaha mas espero de coração que gostem, que chorem, que sorriam, e que fiquem ansiosos junto comigo pelo próximo!
Escrevi com muito amor pra vocês cada palavra e cena dele, só posso dizer, que muitos vão gostar e se realizar no final kkkkkkkk
Beijos e boa leitura!
Não esqueçam de comentar e deixar seu votinho pra me ajudar <3

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Taylor

—Boa noite senhoras e... — meu pai estava prestes a começar seu discurso quando dei sinal para Caio interromper o sinal de seu microfone fritando os cabos de uma vez, para que os outros também não funcionassem. Meu estômago embrulhava dentro de mim e minhas bases tremiam, não acreditava que iria fazer aquilo, mas não havia mais tempo de desistir. Respirei, tomei coragem e fui.

—...E senhores. — falei subindo no palco continuando a fala de meu pai, só pelo drama de uma entrada bombástica e inesperada. —Prontos pra primeira brincadeira do baile? — esperava que estivessem, pois eu não estava.

Vi de cima do palco as pessoas confusas na multidão, vários se entreolhavam e cochichavam tentando entender o que estava acontecendo. Vi Artur em um canto me olhando como uma fera e dando sinais aos seguranças para irem atrás da fonte do som ou do responsável por ele, mas não adiantaria. Meu microfone estava conectado a uma fonte externa arranjada por Caio, justamente no caso de que alguém tentasse nos impedir ou cortar meu áudio também.

Finalmente bati os olhos em meu pai, seu rosto estava sério, estava tão confuso quanto as pessoas lá embaixo. Me olhava esperando que eu fosse fazer ou falar algo para ele, como uma surpresa. Bem, sim, era sobre ele e para ele, e também era uma surpresa. Mas boa, não.

—Er, boa noite. — eu estava nervosa e passeava meus olhos sobre aqueles vários rostos na multidão em busca de alguém para quem eu pudesse olhar enquanto falava, nada, até mesmo o olhar de minhas amigas era de constranger. —Be...bem. Pra quem não me conhece, me chamo Taylor. Taylor Garcez. Sim, como já devem ter deduzido pelo nome, sou filha desse homem que vocês tanto amam. — falei enquanto apontava para meu pai que estava a alguns metros do meu lado. —Sou uma formanda do terceiro ano, e... Preciso falar algumas coisas.

A quadra permanecia em total silêncio conforme mais eu ia falando, o que não ajudava. Não sabia no que isso daria, mas pelo menos no fim saberia que tentei. Caio já devia estar lá atrás escondido em algum canto ou qualquer lugar da escola controlando meu som então eu não tinha nenhuma pessoa ali me apoiando. Não me sentia segura.

Quando pausei minha fala, vi meu pai tentando vir em minha direção. E alguns outros seguranças em baixo esperando para agir mas ele fez um sinal que não para eles.

—Taylor...filha. — falou levantando ambos os braços. —Não sei o que você está fazendo, mas seja lá o que for, ainda dá pra parar, apenas me dê aqui esse... — disse se aproximando mais e tentando pegar o microfone de minha mão.

—Não! Não dessa vez pai. Cansei de ser feita de boba por você e não vou deixar que você continue fazendo os outros também. — exasperei e nessa hora, se é que era possível, o clima ficou mais tenso naquela quadra.

Quando vi os seguranças prestes a subir para me deter, eu não sabia o que fazer. Caio e eu não pensamos nisso, mas era aí que eu estava errada. Na mesma hora vi alguns garotos, provavelmente garotos do primeiro ano, se metendo na frente deles, formando uma barreira, eram mais ou menos 8. E por mais que os seguranças tentassem passar, estavam em minoria, logo teriam que usar da força e com certeza os pais não iriam gostar. Caio planejara detalhes que nem eu mesmo pensei. E nesse momento me senti mais confiante com minha missão, nossa missão.