Sentiu minha falta?

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P.S: Nome do capítulo tem duplo sentido kkkkkkkkk
Olá de novo meus amores, volteeei.
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Passou-se um, dois, três dias... E o trabalho me perseguia até em casa. A vida seria bem mais fácil pra mim e meus alunos se eles apenas estudassem e passassem direto sem complicações, mas infelizmente, suas recuperações complicam a mim principalmente, que tenho que corrigir provas, redações, propor trabalhos pra aumento de notas...

Sou um professor bonzinho. Quando quero.

É incrível o número de alunos que não sabem a própria língua e muito menos têm o interesse em aprendê-la.

Bom, mas enquanto isso meu coração gritava por liberdade, não via a hora de me livrar de toda aquela papelada, — o que estou quase conseguindo — pegar meu carro e pisar com vontade no acelerador.

Rumo ao destino... Você sabe qual.

Assim, acordara mais cedo pra trabalhar. Quanto mais cedo eu terminasse, mais cedo eu iria ver Miguel. E teríamos mais tempo também.

Terminei tudo lá por volta das 11h, já exausto.

Olhei para a cozinha e a cozinha pareceu olhar pra mim de volta.

Não, eu não ia cozinhar.

Faltava coragem, vontade e... Tudo.

Deitei no sofá e peguei meu celular. Provavelmente iria pedir algo em um dos números na minha lista, ou até mesmo chamaria Larissa para sair comigo.

No fim desisti.

Estava inquieto. Não conseguia pensar nem decidir nada. Meus nervos estavam a flor da pele e eu podia ouvir meu coração bater.

Foi quando fechei os olhos pra tentar me acalmar que eu entendi.

Na maioria das vezes, nesses meus momentos de agitação, bastava fechar os olhos e era como se minha mente me revelasse o desejo que eu não conseguia identificar.

Isso sempre acontecia comigo pra falar a verdade, mas eu parecia nunca aprender a identificar esses momentos.

E ao fechar os olhos, quase que instantâneo, eu vi seu rosto.

Foi a primeira imagem que meu cérebro montou.

E impulsionado por aquele pensamento, abri os olhos tão rápido quanto os fechei e pulei daquele sofá.

Agora eu sabia porque mais nada parecia me satisfazer.

Porque eu não queria mais nada.

Liguei para dona Aurora e avisei que iria passar por lá. Precisava antes saber se estava tudo bem por ela e se o momento era apropriado, embora meu primeiro instinto fosse apenas arredar o pé dali o mais rápido possível.

—Ó, mas é claro Pedro, você é sempre bem vindo aqui! Além do mais, acho que sua visita vai fazer muito bem para meu anjinho! — disse ela.

—Então ótimo, estou já chegando aí e... Aurora, por favor, não diga pra ele. — falei.

Queria fazer uma surpresa para o garoto.

Ela assentiu e desligou.

A essa altura eu já estava dentro do carro esperando o sinal verde para sair.

Quase uns 40 minutos depois eu estava chegando na rua do abrigo.

Parei o carro em frente a porta e desci do carro, mas antes voltei para pegar algo.

Encarei aquele lugar, tentando lembrar da primeira vez que o havia visto, mas era como se nunca o tivesse visto.

Agora de dia e sem toda aquelas decorações ele parecia muito diferente.

Perfeitamente QuebradosOù les histoires vivent. Découvrez maintenant