P.S: ESTAMOS CHEGANDO EM 10K!? É ISSO MESMO PRODUÇÃO!? ACHO QUE TÔ VENDO ERRADO! HAHAHA
Obrigado a todos por lerem e uma boa leitura a seguir... <3--------------------------------
1 mês depois...
—Tá preparado? — perguntei armando a bola em mãos.
—Sim! — gritou Miguel de longe.
—Ok, então lá vai! — assim me posicionei de lado e joguei meu braço esquerdo para trás juntamente ao corpo, voltando ambos com rapidez e lançando a bola.
Vi aquele objeto branco e redondo voar na direção de Miguel. Comecei a me perguntar se não havia jogado alto demais, mas logo vi que não.
Ao ver a velocidade em que a bola estava Miguel arregalou os olhos e se agachou suspendendo a mão coberta pela luva ao alto na inocente esperança de que talvez a bola pousasse em sua mão ao mesmo tempo em que se protegia.
A bola rapidamente chegou ao chão, passando direto por Miguel e parando apenas a alguns metros atrás dele.
Miguel permanecia na mesma posição e de olhos fechados provavelmente sem saber se a bola ainda voava ou não.
Eu ri da cena e logo tive uma ideia brilhante.
Corri o mais rápido que pude para que tivesse tempo antes de ele decidir abrir os olhos.
Peguei a bola atrás dele, com o cuidado para ele não ouvir meus passos, e agora de perto e de frente pra ele, joguei a bola com certa força pois precisava parecer que era a mesma jogada, e a bola chegaria com tudo.
O impacto foi grande e Miguel falhou caindo para trás.
Fingi chegar correndo, uma vez que ainda não notara minha presença.
Ele sentou subitamente sobre a grana olhando com espanto para a bola em sua mão e eu me esforçava para conter o riso.
Ele olhou pra mim, depois pra bola de novo e por fim deu um pulo e começou a comemorar.
—Eu consegui tio Pedro, eu consegui! — ele falava. Logo voou em direção as minhas pernas, abraçando-as. E ao ver o brilho em seus olhos lembrei de algo que li em um livro uma vez. O homem perguntava ao Jovem Príncipe "por que tantas vezes preferimos a pessoa que nos desilude àquela que nos oferece uma ilusão?". Então sorri contente. Talvez um dia Miguel fique chateado ao descobrir que ele não pegou a bola de verdade, quem pode saber? No entanto, eu sei que ali e naquele momento eu o fiz sentir como se fosse capaz de fazer coisas extraordinárias. E ele realmente pode.
—Uau, acho que isso merece uma recompensa! — falei por fim. Tiramos as luvas e arrumamos nossas coisas no carro.
—Pra onde a gente vai agora hein tio? — perguntou já sentando no banco de trás.
—Vamos comprar um sorvete pro melhor jogador de baseball de Curitiba!
—Yeaaaaah! — comemorou e depois parou percebendo algo de errado. —Pera, só de Curitiba?
—Ué, quer ser o melhor jogador do mundo é? — perguntei achando graça de sua modéstia.
—É! — concordou animado.
—Então vamos comprar um sorvete pro melhor jogador de baseball do mundo! — corrigi e mais uma vez ele comemorou, logo em seguida caindo em gargalhadas. Assim entrei no carro também e partimos rumo a sorveteria mais próxima.
Já faz um mês desde o ano novo, e praticamente um mês em que eu e Miguel saímos todos os dias. Ou quase todos. Dona Aurora já havia acostumado e agora permitia sem objeções que eu saísse com o garoto quando quisesse. Provavelmente percebera que meu encanto não era apenas de dias e que eu não abandonaria-o.
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Perfeitamente Quebrados
Romance[Vencedor do Wattys 2017] Capa by @anniectorres Uma infância traumatizante, uma adolescência a ser esquecida e uma história de superação, ou... quase isso. Pedro, um aclamado professor de Curitiba enfrenta diariamente seus fantasmas do passado, e...