IMPURE • Shawn Mendes [em revisão]

13.

  O plano de José era simples: ir falando com pessoas e essas pessoas espalharem para outras, entre uma aula e outra deixaríamos a lista com pessoas que ficariam responsáveis de pegar as assinaturas.

Naqueles minutos que tivemos depois do almoço eu e Luane formos para a torre do dormitório feminino e batemos de porta em porta. Enquanto eu estava em uma porta, Luane estava em outra.

Várias tiveram medo de assinar e sofrerem represália, mas disseram que se conseguíssemos mais de trinta assinaturas elas assinariam também, porque aí elas não seriam um alvo fácil.

Estávamos quase terminando o segundo andar quando o sinal tocou. Voltaríamos ali depois que a aula terminasse.

Eu estava quase alcançando a sala quando escutei José me chamando e virei o vendo correr até mim entre os alunos que o olhavam sem entender.

- Lizzie! Achei que não conseguiria te alcançar. - Ofegou.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Não... eu só... queria saber se realmente precisa entrar nessa aula agora? - Estreitei os olhos.

- Só vou ter essas aulas, a gente pode se encontrar depois. - José sorriu contente.

- Tudo bem. No mesmo lugar? - Confirmei e entrei na aula.

Me esforcei para fazer anotações sobre a matéria, depois faria resumos para tirar as melhores notas nos testes e provas, não queria passar mais tempo do que precisava naquelas aulas. Falei com algumas pessoas nos corredores falando sobre Joanna e pedindo assinaturas. Fiz isso em todo o caminho para o banheiro. Me senti contente por passar de cinquenta assinaturas.

José estava no corredor, próximo ao banheiro. Ele mexia nervosamente no cabelo e deu um sorriso quando me viu.

Dessa vez, Shawn estava mais forte em minha mente então não era como se eu tivesse fodendo com José, era como se eu tivesse fodendo com Shawn.

José parecia mais intenso do que a primeira vez, como se quisesse me dar sensações tão profundas quanto eu o fazia sentir, mas só pelo fato de precisar se esforçar para fazer isso já não era tão intenso assim. Quando acabamos ele pediu que eu ficasse mais um tempo com ele ali. Quando saímos da cabine ele trancou a porta do banheiro e tirou cigarro do bolso e me ofereceu. Recusei a oferta, eu não fumava com frequência, fazia mais questão de bebidas do que cigarros.

Ele sentou ao meu lado no chão do banheiro depois de abrir o basculante e deitei a minha cabeça em seu ombro. José passou o braço pelos meus ombros e me deu um beijo no topo da minha cabeça.

- Quantas assinaturas conseguiu? - Perguntei.

- Quase todos os caras que falei assinaram e ainda se ofereceram para ajudarem mais. Apenas um pequeno grupo teve medo. E você?

- Bom, as meninas aqui sofrem mais perseguição do que os meninos, mas ainda assim consegui cinquenta.

- Então já temos mais de cem. - Falou contente. Levantei a cabeça e olhei em seu rosto corado e bonito.

José é realmente bonito. Tinha alguma coisa muito sexual nele com o cabelo ruivo preso de qualquer jeito enquanto tragava o cigarro nos lábios avermelhados. Ele tinha preferido não colocar o casaco ou o traje, estava apenas de blusa e calça sem os sapatos assim como eu. Sorri para ele.

- Mesmo que não funcione, você foi ótimo só em ter a ideia e maravilhoso ao nos ajudar, não é próximo de nós nem nada e mesmo assim se meteu nisso. - Elogiei e ele corou mais sorrindo e abaixando a cabeça tímido.