(4) are u worried

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[P O V   P A R K  J I M I N]

Saber como Jungkook conseguia realmente fazer bombons seria sempre uma incógnita no meu subconsciente, mas vê-lo apenas de boxer, manejar uma faca com tanto controle, estava dando cabo do meu interior e eu tinha a certeza que ele o sabia, então tudo o que fiz foi ignorar essa parte de mim porque afinal ele só estava cozinhando massa com legumes e bombons.

''E o que nós vamos beber?'' Acabei perguntando, querendo distrair-me, e usando as minhas mãos como impulso para saltar para o chão. Mas antes disso a sua palma da mão estampou-se na minha coxa, deixando a ponta dos dedos perto da minha virilha, por baixo da camisa que eu vestia.

Depois disso ele foi de novo até ao frigorifico e eu sabia que aquilo era um sinal para eu ficar ali,, mas eu realmente saltei para o chão e posiocinei-me do outro lado do balcão, apoiando os cotovelos no mesmo e dobrando o meu corpo sobre, sendo que assim ele podia apenas ver-me do tronco para cima.

Quando se virou negou com a cabeça a minha atitude, voltando com o que fazia antes e pousando uma garrafa de vinho em cima da ilha da cozinha.

''Como você vai?''

Sabia que era uma pergunta arriscada, porque o plano foi, desde sempre, não nos envolvermos. Mas não era uma pergunta concreta, que implicava que ele me contasse toda a vida dele.

''Ah, como você está, Jimin?''

E eu estranhei, porque se ele achava que ao jogar a pergunta em mim eu entenderia que não era para responder, Jungkook estava enganado.

''Bem.'' Sacudi os ombros levemente, esticando o braço para tirar uma cereja da taça e levando-a aos lábios. ''E você?'' E o meu olhar sedento por provocar atacou, com o fruto entre os lábios e mais tarde entre os dentes.

''Vem cá.'' Ele chamou, afastando-se do balcão. Eu dei a volta livremente, ficando na frente dele, para depois ele me encostar no balcão e o seu peitoral, por sua vez, contra a minha coluna. Depois puxou um legume aleatório que eu me lembrava de colocar na sopa de Yang Mi e pousou-o na tábua de madeira. E depois segurou a minha mão, levando-a a segurar uma faca de porte pequeno, logo a pousando em cima do alimento e a perfurando de uma só vez, me assustando com o som do metal na madeira, que vibrou pela cozinha. Depois repetiu o movimento pela extensão do legume, sempre segurando a minha mão com certa força, quase com medo que eu largasse o talher. ''Como está se sentindo?''

A posição chegada não me incomodou, pois nunca o fizera antes. A sua respiração na minha orelha era tudo menos insatisfatória. O calor do seu corpo era acolhedor.

Eu deixei cair a cabeça contra o ombro dele, usando a minha mãe livre para segiurar a sua cara e virá-la para mim, logo selando os meus lábios nos dele.

''Você está preocupado?'' Eu acabei por rir amargo, ainda com as nossas bocas juntas.

Ele largou a faca, segurou a minha cintura, ergueu-me do chão e no segundo seguinte eu tinha as minhas pernas a serem abertas para que ele se infiltrasse no seu meio, de novo em cima do balcão.

''Estou.'' Ele murmurou contra o meu pescoço, beijando o mesmo em seguida e por aí adiante.

''Isso é legal.'' Eu gargalhei, sem acreditar. ''Mas você se esquece que quando eu estou com você é quando eu estou melhor.''

Depois de a confissão deixar os meus lábios, ele não parecia incomodado com tal, mas eu estava. Que tipo de egoísta é que eu era?

Ele puxou o meu quadril contra o seu, ainda com os lábios na curvatura do meu pescoço, obrigando-me a arquear as costas para trás, sentindo a pocessão do seu toque na minha cintura.

''Porque você tinha que ser tão fodidamente bom?''

Eu olhei assustado para o interior da casa, onde ouvia o som irritante do meu celular. O meu cérebro sempre deixava a informação chegar mais depressa do que aos meus ouvidos.

E como um chamado para a realidade eu afastei Jungkook e saltei para o chão, correndo para o quarto, esquecendo-me completamente de que eu deveria ter avisado Taemin de que eu havia chegado bem e conhecendo-o bem como eu conhecia, eu sabia que ele deveria estar delirando.

''Tae!'' Eu exclamei, atendendo a ligação e passando os dedos pelo meu pescoço, que estava húmido pela saliva que o outro impunha nos seus beijos molhados.

Nos cinco minutos que se seguiram eu menti justo na cara do meu namorado, que eu não poderia ficar muito no celular devido às reuniões da minha viagem de negócios e ele sabia-o, pois era sempre o mesmo, e os dois reclámavamos que não devia ser desse jeito. Era quando eu sentia a minha consciência mais pesada.

E em algum momento o Jeon ficou de plantão na ombreira da porta, me encarando e sorrindo desafiador enquanto eu contava as mentiras que os dois usávamos. No entanto, quando eu desliguei, ele apenas deixou o quarto com um revirar de olhos e um tom alto escapando da sua boca, tendo a certeza que eu não perdia aquela informação.

''Os seus bombons estão prontos!''





It Ain't My Fault [jikook/kookmin]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora