(67) edge

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[P O V    P A R K  J I M I N]

Você está tão perto do limite.

E você está tão perto, tão perto, que você começa a se ver a si mesmo, você começa a ver a sua imagem, a vida saindo de si como penas voando ao ritmo do vento, e você respira, e respira tanto, mas está só tentando e te leva à loucura, mas é das melhores ou piores formas?

Você não sabe.

Você fica tão perto do limite de criar uma guerra, e você não se lembra do momento que tentou esquecer, e você tentou, de uma forma ruim ou boa?

Você lembra do momento?

Você prefere falar do assunto ou ficar quieto?

Você prefere ir e contar ao mundo todo ou ficar e se matar, se matar mais um pouquinho, como se não importasse o ardor nos seus olhos, ou nos seus punhos, ou suas mãos, só mais um pouquinho, você diz, porque você pode aguentar mais um pouquinho, mas é das melhores ou piores formas?

E depois você está explodindo, mas é de uma forma ruim ou boa?

Mas e depois? Pergunta. Você vê o depois? No seu estado... Você vê o depois? Tem um depois para você, ou você pecou e não é merecedor? E ser merecedor? Bom ou ruim?

Não é ruim que seja bom? Não é bom que seja ruim?

E você toma decisões, mas não as melhores e te fazem arrepender, mas dentre as suas escolhas, você escolheu a melhor ou pior forma?

Está pensando agora? Está no seu raciocínio?

De zero a dez você diz onze, mas onze não estava lá. Porque você tem a mania de quebrar as regras?

Ouça, você tem um dever, e seu dever é cumprir as regras. E você infringe algo tão simples, e não se considera culpado, porque afinal você só cruzou a rua quando o sinal pedestre estava vermelho.

E é aqui que você entende que você criou em você um grau. Tem as regras importantes, que você considera importante, e você cumpre, porque vai Deus saber a culpa que você iria sentir, porque afinal você não vai saindo a matar todo o mundo com uma arma branca, eu espero.

Essa regra é importante, não é?

Talvez você tenha um grau diferente, mas você realmente criou um grau de importância nas suas regras.

Está tudo bem se você cruzou a rua com o sinal pedestre vermelho, porque a polícia não te viu, e foi só daquela vez, e mesmo que eles te vissem talvez deixassem passar, porque você só cruzou a rua e não tem importância. É regra, mas foi só daquela vez, não volta a acontecer, claro.

Mas matar alguém? Você é doido ou quê?

Qual a regra número um?

Eu tenho minhas inúmeras regras número um, mas você é um ser humano e falha, e talvez só daquela vez você infringiu e não se sentiu culpado.

Imagine a culpa que você sentiria se matasse alguém? Jesus, como seria horrível! (eu espero)

Culpa.

Como você lida com a culpa?

Você vai e bebe? É de forma ruim ou boa?

Você vai e sai maltratando todo o mundo porque você está tão chateado consigo mesmo?

Você parte algumas coisas?

E é uma melhor ou pior escolha?

É sua escolha se sentir culpado, mas não seria desumano não sentir culpa quando você saiu e matou todo o mundo com uma arma branca?

It Ain't My Fault [jikook/kookmin]Where stories live. Discover now