(65) yes, doc

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Ás vezes eu me permito sentir pena de mim mesma, porque eu acho que vocês querem me matar... 

♤♡♤

[P O V    P A R K  J I M I N]  

Quando a porta foi aberta, e eu tentava não demonstrar o meu estado lamentável, eu vi nos olhos perante os meus o maior conforto que eu podia querer, logo caindo sobre os seus braços. 

''Foi Taemin, meu amor?'' Ela perguntou, e eu acenei, mas não era desse modo, porque não fora Taemin, fora eu. 

Eu a ouvi fechar a porta, já nos seus pijamas, molas na cabeça e olhar de quem tinha acordado ainda há pouco. 

''Mamãe, me desculpe.'' Eu pedi, a soltando e fungando e limpando os meus olhos e cara húmidos. ''Me perdoe, mas eu e Taemin...'' 

''Vem se sentar.'' Ela disse, puxando-me pela mão e entrelaçando os seus dedos nos meus, apertando-os enquanto me levava para a cozinha, logo me deixando perto da mesa e se dirigindo para o balcão. ''Eu vou fazer o nosso chá.'' 

Eu concordei, porque aquilo seria o ideal para me acalmar. 

''Mãe, as coisas não são como Taemin as conta.'' Eu comecei, porque desde a conversa de mais cedo que isso corria na minha cabeça, que eu tinha que deixar claras as coisas como eram. 

''O que aconteceu?'' Perguntou-me, olhando-me por cima do ombro, enquanto ainda estava de costas, preparando as canecas, colocando as ervas naturais e o açúcar.   

''É o que vem acontecendo...'' Eu murmurei, e eu sabia que podia ser sincero, eu tinha que ser sincero, pelo menos sobre mim, porque era a minha mãe, era a pessoa que eu mais confiava nesse mundo. E ela me olhou, sendo rápida a se sentar do meu lado, pousando as canecas na nossa frente. ''Não é mais o mesmo, mãe, não é. A gente, eu e Taemin, não está sendo certo.'' 

''Ele te ama, Jimin.'' Ela disse, tão certa. ''Eu sei que desde o ínicio nós os dois soubemos que ele era complicado, mas ele te ama.'' 

''E eu o amo?'' 

Eu acabei me calando com a interrogação, demorando para perceber a tamanha importância dela, logo afastando os meus cabelos para trás e quase enfiando a cara naquela caneca de chá. 

''Jimin...'' A voz dela tremeu no meu ouvido, mas o seu braço veio para os meus ombros, mostrando daquela forma que ela levaria a cabo as suas palavras, ditas no próprio dia do meu casamento, de que ela me apoiaria não importa o quê. ''Você está realmente... filho...'' 

''Isso implica tanta coisa.'' Eu disse, afastando a caneca de chá com a mão trémula, para depois encostar a testa na mesa, as minhas mãos se cruzando na minha nuca, sem saber realmente o que fazer. ''Mãe, a Yang, você, Taemin, os pais dele, vocês, isso... Isso não tem saída.'' 

''Jimin, isso é uma briga?'' Ela perguntou e eu de imediato abanei a cabeça, entendendo a intenção da pergunta. 

''Não é.'' Eu continuei negando, fungando uma vez e erguendo a cabeça, puxando a caneca entre os meus dedos antes de bebericar e deixar o conteúdo queimar a minha língua. ''Não é mais.'' 

''Bebê...'' Ela lamentou, encostando a sua cabeça na minha, o braço sobre os meus ombros e a mão apertando o meu braço e esfregando-o algumas vezes. ''Eu lamento muito, mas se você tem a certeza.'' 

''Eu não tenho!'' Exclamei, inseguro. ''Eu não tenho... Eu tenho medo de deitar tudo a perder. Eu tenho medo de tudo, mãe, de tudo.'' 

''Jimin.'' Ela me abanou, me fazendo olhá-la e pousar a chávena. ''Não tem de ter medo. Seja o que for, eu estarei aqui para você, eu, o seu pai, a família. Nós vamos ajudar você.'' 

It Ain't My Fault [jikook/kookmin]Where stories live. Discover now