(0.1) roses

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Senhores e senhoras, a segunda vez que Jeon Jungkook e Park Jimin se encontraram: 

♤♡♤ 

Culpa.

Faziam meses. Fazia quase um ano. Jimin sabia disso porque vinha contando o tempo. Esperava fielmente que quanto mais tempo passasse mais leve ficasse o peso sob seus ombros. Infelizmente, ele e a fieldade não estavam provando ser bons amigos.

Quando regressou a casa naquele dia e viu o namorado, viu os pais e os sogros, teve quase a certeza que todos podiam ver. Todos pareciam saber o que ele fizera, a pessoa horrível que se tornara. Quando olhava Taemin em especial, podia ver Jeon Jungkook lá, gargalhando de si.

Pelo menos não tinha se tornado sacana o suficiente para colocar a culpa em outra pessoa.

Por meses se questionou que encanto era aquele que Jungkook tinha tido sobre si. Por meses questionou-se se a magia existia e, se existisse, como podia ser... tão boa?

Pois é, o que mais o fazia se sentir culpado estava mesmo ali: o sacana não estava arrependido. Ele tinha gostado e ele tinha gostado tanto que, em algumas noites, sonhava com isso. Taemin achava que ele estava chocando uma gripe, acordava tão quente, às vezes a suar.

Considerava há alguns dias se devia contar. Entregaria a sua relação estável de bandeja para as mãos do diabo, que o odiava. Taemin nunca o perdoaria, estava certo disso.

Ás vezes, raramente dadas as condições, era encontrado na sala de dança, a mão apoiada na testa, sentado no chão e os dedos batucando de forma feroz contra o chão amadeirado.

Como podia ter feito aquilo? Taemin. Taemin já pensava em ter filhos consigo no futuro, eram um bom casal, estavam vivendo juntos e... como pôde, sinceramente? Tinham tantos planos! Tinham um futuro tão promissor!

Estava tudo estragado.

Jimin estava saindo do carro naquele dia fatídico. O porquê dessa peculiaridade ainda está por vir. Tinha acabado de estacionar no acesso para a garagem quando o seu celular lhe lembrou que ia ficar ali esquecido.

Jimin não reconhecia o número, mas se encostou no banco, já em pé fora do carro, para atender.

"Alô?" Perguntou de forma animada. "Quem fala?"

"Ei!" A voz veio esganiçada, mas Jimin não a reconheceu. Era um homem, isso ele conseguia dizer. "Quer dizer, boa tarde..."

"Quem fala?" Sem querer parecer muito rude, Jimin voltou a perguntar. Primeiro achou que era algum cliente da empresa a que se juntara recentemente, mas nenhum deles soaria assim tão atrapalhado, certo?

Tentando recompor-se, o homem do outro lado arranhou a garganta propositalmente e respondeu logo de seguida.

"É Jeon. Jeon Jungkook."

Como se estivesse cometendo um crime, Jimin rapidamente olhou em volta, voltando para dentro do carro e encostando a porta. Queria não reconhecer aquele nome, queria poder não se lembrar, queria... não ter feito o que fez.

Ham... Jeon Jungkook? Desculpe, minha memória está falhando. Era o que queria dizer, era o que podia literalmente implorar para ser verdade.

"Como você tem o meu número pessoal?" Jimin barafustou em sussurros gritantes. "Porque está me ligando?"

"Me perdoe, eu não quis..." Jungkook começou, atrapalhado mais uma vez. "Isso foi uma má ideia, perdão, eu devia ter mandado uma mensagem ou... ou ter ficado quieto. Porra, me desculpe."

It Ain't My Fault [jikook/kookmin]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora