3 - Em Busca de Abrigo

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Março de 2018

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Março de 2018

 - Maldita! - falava Jim enquanto arrastava as malas pela rua de Santo Céu as quase sete da manhã. - Ainda bem, que mesmo isso aqui sendo um buraco os estabelecimentos não abrem tão cedo. Preciso encontrar a droga de um lugar pra ficar... - Que porcaria! - esbravejou depois de prender o salto num paralelepípedo, e vê- lo quebrar. O ódio lhe subiu a cabeça, mal havia chegado e tudo o que planejou deu errado e agora pra completar tinha acabado de perder seu Louis Vuitton. - Que ódio! Que ódio! Isso só pode ser praga daquela infeliz, mal amada. - ela teve vontade de chorar, mas não faria isso. Era orgulhosa demais para se entregar a derrota - O que vou fazer agora? Tenho poucas economias e preciso mantê-las guardadas para o momento certo, mas enquanto isso viverei de quê? - Olhou ao redor e lembrou-se que tinha uma amiga no tempo que morou ali. - Oh céus! Como não pensei nisso antes. Preciso encontrar a Carmem e aí os meus problemas estarão resolvidos. - disse com alegria - Provavelmente a idiota ainda mora na casinha dos pais e o endereço com toda certeza é o mesmo. Aquele povinho era tão previsível. - Jim ajeitou os cabelos e deu uma sacudida em suas roupas, ela não queria parecer desleixada, sabia muito bem o quanto Carmem era fofoqueira, pegaria o primeiro táxi que visse pela frente, não chegaria na casa daquela mexeriqueira a pé nem em sonho. Jim, caminhou por cerca de 10 minutos até avistar o primeiro táxi.

Levou cerca de 15 minutos para Jim, enfim, chegar até a casa de Carmem, e se ainda lhe restasse alguma dúvida sobre aquele ser o endereço certo, agora não restava mais.
Carmem e os pais estavam com as mãos entulhadas de sacolas do supermercado, e não demorou muito para que olhassem na direção do táxi que estava parado quase na frente da porta. - " Que bosta de motorista! Não sabe nem mesmo estacionar direito" - Jim havia pensando quando o taxista subiu no jardim dos pais de Carmem.

- Escute velho, acho melhor tirar seu carro da grama. Conheço bem o dono da casa e pelo olhar que ele está lançando em dois tempos estará aqui lhe dando berros para sair da propriedade dele - disse Jim

- Senhora não foi minha intenção invadir o jardim,mas é que sofri um AVC faz pouco tempo e estou me reacostumando com as ruas...

- Me poupe velhote, não quero saber sobre sua vida! E se não está em condições de fazer seu trabalho direito, fique em casa e morra de fome! - disse com desprezo e antes que o velho pudesse responder o pai de Carmem se aproximou do táxi.

- Retire essa lata velha de cima do meu gramado agora mesmo! - falou Gregorio Cavalaro, quase soltando fogo pelas ventas - Sabe o quanto vai me custar reparar o estrago que está fazendo? Ande, tire esse carango daí - deu batidas no carro

Enquanto o velho taxista tremia com as palavras do senhor Cavalaro, Jim fingiu uma cara simpática, desceu do carro e se encaminhou para perto do senhor irritado.

- Senhor Cavalaro, peço mil desculpas pelo incidente, esse pobre homem sofreu um AVC há pouco tempo e ainda está se reacostumando a dirigir, isto que aconteceu foi sim uma falha, mas peço que releve e quanto ao gasto que terá com seu jardim, não se preocupe que arcarei com tudo. - disse docemente - Agora peço que não discutas mais com este pobre homem

-Oh, meu Deus! É você mesma Jim?! - disse o velho cavalaro se apressando para abraça-la. - Minha querida o que é um jardim perto da alegria de te rever. Quanto tempo doçura, todos nós sentimos tanto a sua falta. Carmem irá pular de alegria ao te ver.

- Aposto que sim - falava já irritada com a demora do abraço. - É uma pena que eu precise me apressar. Estou ainda cansada da viagem e louca por um banho e uma cama bem macia. Então irei para o hotel agora e se mais tarde surgir um convite, posso voltar aqui para conversarmos mais, só passei por aqui por passar mesmo, nem imaginei que ainda morassem aqui.

-Nos mudar daqui? Nunca querida, amamos nossa casa e escute, nada de hotel, filha, ficará aqui em nossa casa. - disse com um sorriso largo e logo gritou para a mulher e a filha se aproximarem. - Larguem os sacos e venham até aqui. Olhem quem está na cidade. A nossa querida Jim voltou e está mais bonita do que nunca.

No mesmo instante Jim foi envolvida por 2 pares de braços que ela poderia jurar que mais pareciam com tentáculos imensos que iriam sufocá-la.

- Minha amiga, que bom que está aqui -falava Carmem eufórica- Senti tanta saudade, essa cidade não tem graça nenhuma sem você.

-Disso eu tenho certeza...


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Pessoal, espero que vocês estejam gostando de ler a história, tanto quanto eu estou amando escrevê-la. Gostaria de pedir que não esqueçam de deixar sua estrelinha ao final de cada capítulo, o voto de vocês é muito importante para ajudar a divulgar a história e por favor não esqueçam de comentar, é imprescindível para mim saber a opinião de cada leitor.

Segunda chance para o AmorWhere stories live. Discover now