12 - Triste coincidência

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                         Tinha acabado de sair do bar e ainda me sentia enojado por tudo o que eu tinha ouvido naquele lugar. Me apoiei no meu carro por alguns segundos, precisava respirar e aliviar a raiva que eu estava sentindo daqueles sujeitos. Sujeitos estes que pagariam caro pelas suas atrocidades. Entrei no carro, peguei meu celular e liguei para Adam.

- Akil? - disse Adam do outro lado da linha

- Adam, fique tranquilo, a Jenny ficará bem. - disse tentando tranquilizá-lo 

- Você conseguiu descobrir o que deram pra ela? - perguntou preocupado 

- Sim, eles deram uma dose muito pequena de droga, o merdinha do garçom disse que os efeitos duram por cerca de cinco horas, então logo,logo  ela estará bem. 

- Que alivio, eu estava muito preocupado. Obrigado meu amigo. Agora espero que já esteja voltando.

- Estou sim Adam, e preciso antecipar que descobri coisas importantes das quais precisaremos conversar.

- Certo.

Desliguei o celular e liguei o carro.



                                 Adam


Já eram mais de tês da manhã, Jenny havia acabado de dormir e eu desci para preparar um novo café, desta vez para mim. Depois de ter enfrentado duas viagens seguidas e aquela madrugada turbulenta, eu estava completamente exausto, mas não poderia dormir, por enquanto tinha que cuidar de Jenny, o corpo dela estava tão fraco e sem forças que temia pela sua saúde. 

Eu havia acabado de preparar o café quando alguém bateu na porta. Fui até a sala e quando olhei pelo olho mágico vi Akil.

- Cara de cansado hein amigo - falou ele

- A sua não fica nada atrás - respondi - acabei de passar um café.

- Estava precisando de um. 

Fomos para cozinha e enquanto tomávamos o café Akil contou tudo o que descobriu. 

- Miseráveis! Como podem ser tão canalhas? Quantas vítimas esses babacas já devem ter feito... - disse lamentando pelas jovens que devem ter sofrido nas mãos dos canalhas. - Se não tivéssemos chegado a tempo Jenny seria só mais uma pra eles - bati na mesa com ódio em pensar o que ela poderia ter passado - Desgraçados! Imagina quantas vidas eles já arruinaram. Eu fico cego de raiva só de pensar naquele canalha tocando na Jenny... Ainda bem que chegamos a tempo! - falo sentindo certo alivio 

- Ainda bem que ela teve mais sorte que as outras... - Akil coloca as mãos sobre a mesa e depois apoia a cabeça entre elas, vejo lágrimas caírem e molharem a madeira  

- Akil ? 

- Ela só tinha dezessete anos Adam - ele continua de cabeça baixa e as lágrimas caiem com mais frequência - Tinha acabado de ser aceita na faculdade e saiu pra comemorar com as amigas... - ele dá uma pausa - Ela não merecia aquilo, ele não precisava fazer o que fez com ela... Ela era tão boa Adam... tão gentil, não havia menina mais doce que a minha Tisha... Ela tinha tantos sonhos, tantos planos para o futuro e ele roubou tudo dela, roubou tudo de nós... Ele levou a nossa alegria, a minha família nunca mais voltou a ser mesma depois que ela se foi. 

- Akil... eu, eu sinto muito... - falei com um nó na garganta

- Ela só queria dançar naquela noite, e ele... ele eu não sei o que queria, eu só sei que ele tirou a vida da minha irmã. Os amigos dela disseram que ele passou a noite toda dançando e conversando com ela, falaram que ela estava encantada com ele e no meio da noite ela disse para eles que iria conversar um pouco com ele fora da balada. - Akil olha pra mim com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas como se quisesse dar uma justificativa - Ela era uma menina jovem e cheia de vida que só queria namorar como qualquer jovem da sua idade, ela não fez nada de errado Adam...

- Não, não fez Akil. Claro que não. - eu tentava acalmá-lo, mas ele não estava nada bem

- Mas a vida achou que ela tinha feito algo de errado e a puniu. Assim como o Jack ele também colocou droga na bebida dela Adam, mas a minha Tisha não teve a sorte da Jenny... eu não a salvei, eu não consegui proteger a minha irmã e no dia seguinte eu só encontrei um corpo ensanguentado e sem vida jogado numa calçada imunda. - eu queria parecer forte pelo meu amigo, mas quando ele falou aquilo ele desabou e eu não pude deixar de me colocar no lugar dele, o abracei e nós dois choramos juntos. - Ela era tão linda Adam, tão linda. Eles poderiam ter se divertido naquela noite, mas ao invés disso ele preferiu matá-la... Os médicos disseram que ele abusou dela por diversas vezes... depois a agrediu e estrangulou. 

Eu precisei respirar fundo para continuar ouvindo tudo aquilo. Em todos os anos de amizade Akil nunca havia lhe contado nada sobre o falecimento da irmã. 

- Me desculpe Akil... me desculpe meu amigo se eu soubesse disso juro que jamais teria pedido para você voltar naquele bar, imagino o quanto isso deve ter doido pra você, remexer o passado é quase sempre doloroso e trazer a tona estas lembranças deve ter sido tão difícil...

- Pare com isso Adam. - Akil falou segundo meus ombros - Eu não posso trazer a minha irmã de volta e também não fui capaz de prender o canalha que a matou, mas eu posso te ajudar a colocar esse pilantra do Jack, que é tão maldito quanto o miserável que fez mal à minha irmã e impedir que eles façam mal à outras moças... 

- Obrigada por sua generosidade Akil.

- Me agradeça cuidando da Jenny. - ele sorri pra mim e eu retribuo o sorriso e lhe dou mais um abraço

- Pode deixar, eu não abandonarei a Jenny nunca mais. 

 

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Segunda chance para o AmorWhere stories live. Discover now