Akil
- Parece que a briga de alguns instantes atrás não foi boa para o bar. - Eu disse ao garçom enquanto me aproximava do balcão.
- Não foi mesmo, por isso o bar já está fechado, então faça o favor de voltar mais tarde - disse o garçom nervoso
- Eu irei embora, mas antes vamos conversar um pouco. - Sentei-me num banco e fiquei de frente para o rapaz que pelo nervosismo já imaginava o que eu queria
- Senhor eu não tenho permissão para atender e nem conversar com ninguém agora. O bar está fechado. Vá embora. - ele apontou para a porta
- Eu não irei rapaz e agora você irá responder algumas perguntas. Primeiro, me diga quem é aquele homem?
O rapaz atravessou o balcão e tentou bancar o durão.
- Já falei que não tenho nada para conversar com você camarada, agora dê o fora do bar antes que eu perca a minha paciência.
- Escute moleque o meu problema não é com você, - eu disse segurando-lhe pela camisa - mas se não colaborar, aí as coisas podem mudar de figura. - o encostei contra o balcão e continuei a segurá-lo pela camisa, então vi os olhos do jovem garçom arregalarem - Qual o seu nome menino?
- Otto, senhor.
- Ok, Otto... Escute eu só preciso que você me diga quem é aquele cara e o que ele deu para a moça que estava bebendo com ele ontem. - disse calmamente
- Eu não posso dizer, aquele cara é perigoso - falava assustado
- Acredite rapaz, ele não é mais do que eu.
- Qual é cara, eu não tenho nada a ver com isso, essas garotas é que são loucas de sentarem para beber com um cara que elas nunca viram na vida
- Garotas? Não foi só a de ontem? - questionei já irritado
- Qual foi cara.... Me solta aí, eu não tenho nada haver com isso. - falava nervoso - Se eu falar alguma coisa aquele cara vai me matar
- Ele não vai fazer com você nenhum um por cento do que eu farei se você não falar o que sabe infeliz. - olho para o lado e vejo uma garrafa. A pego e quebro no balcão, naquele momento o moleque já estava quase fazendo xixi nas calças. Pego a parte da garrafa que continuou em minhas mãos e a aproximo do rosto do garçom, que logo começa a implorar para não machucá-lo - Sabe eu gosto muito de pintar... - deslizo a garrafa quebrada no rosto dele - e esse seu rosto branquinho é com uma tela em branco ansiando para ser pintada...
- Por favor cara, não faz isso - ele me interrompe - Eu falo... eu falo cara, só não me machuca
- Isso só vai depender de você Otto. - disse ameaçador - Agora fale quem ele é
- Droga cara! Ele vai me matar... - encosto mais uma vez a garrafa no rosto dele só que agora com um pouco mais de força o que provoca um pequeno corte em seu rosto. Quando o garoto sente o sangue escorrer por sua face, bate o desespero e enfim ele começa a falar - Já chega cara, eu falo. O motoqueiro que o senhor viu ontem é o Jack, ele tem uma oficina numa cidadezinha vizinha, que deve ficar a uns trinta a quarenta minutos daqui e ele vem todos os dias ao bar... E como o senhor pôde ver aqui não é o melhor lugar para mulheres desacompanhadas virem, então... "cê" sabe né cara, uma mulher desacompanhada num bar... muitos caras entendem isso como um convite e o Jack é um desses caras e ele não é do tipo que está disposto a desperdiçar a noite dele...
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Segunda chance para o Amor
RomanceNa juventude Jenny e seu amigo de infância, Adam Andrada, viveram um grande amor, que acabou sendo interrompido de forma brusca. Faltando um ano para o seu casamento, Adam a abandona sem dar explicações e casa-se com sua irmã. Jenny fica de coração...