7 - Duas caras

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                Já era final de semana e hoje estava de folga, então resolvi fazer uma faxina em casa e quando estava mexendo numas caixas velhas achei alguns álbuns de fotos, neles haviam fotos de papai e mamãe e também minhas e de Jim

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                Já era final de semana e hoje estava de folga, então resolvi fazer uma faxina em casa e quando estava mexendo numas caixas velhas achei alguns álbuns de fotos, neles haviam fotos de papai e mamãe e também minhas e de Jim. Até parecíamos uma família feliz... Quando pensaria que quando tivesse meus vinte e cinco anos já não teria mais meu pai, minha mãe e minha irmã. Naquela época eu jamais imaginaria que ficaria sozinha no mundo. 

Já havia passado muito tempo, mas a saudade que eu sentia dos meus pais era enorme, como eles me faziam falta... As vezes eu me rendia as lembranças e viajava no tempo e me via novamente junto dos meus pais. Eles me abraçavam forte e me davam parabéns pelos meus 15 anos e diziam que eu e Jim eramos os maior orgulho deles. 

Ainda folheado o álbum encontrei uma foto de Jim me segurando no colo e por um instante me perguntei o que havia acontecido para nos perdermos tanto uma da outra, porque Jim não mudou de um dia para o outro, pra ela se tornar a pessoa que era hoje houve um processo. E eu me pergunto como eu não percebi no quê minha irmã estava se transformando, talvez eu até tivesse uma parcela de culpa no mau caratismo dela, porque se eu tivesse ficado mais atenta, quem sabe eu não poderia ter evitado tudo o que aconteceu... Tudo que estava acontecendo naqueles últimos anos não fazia sentido, e a volta da sua irmã agora menos ainda. Quando Jim voltou não posso negar que fiquei com muita raiva, mas depois de conversar com Nicol me dei conta do quão ruim seria pra mim alimentar aqueles sentimentos horrorosas. Já faziam dois meses que ela estava de volta e ela estava tratando a todos  com muita gentileza, se dispunha a ajudar em todos os eventos da cidade, estava até sendo voluntária uma vez por semana num asilo. Jim havia se tornado uma santa para todos, tirando o senhor Ricardo e Nicol, eu não via ninguém falar uma vírgula ruim sobre ela... Quanto a mim? Bom, se eu não me cuidasse era provável que todos começassem a dizer que meu ex noivo me trocou pela minha irmã porque eu não prestava e Jim era um amor. Mas eu infelizmente bem sabia que por trás daquela santa, na verdade existia uma demônia, todos os dias ela ia à lanchonete ao menos uma vez por dia e estava jogando pesado para tirar a minha paz, Jim não facilitava as coisas para mim e agora que ela havia se juntado ao velho porco, as coisas estavam ainda piores. Eles me atormentavam e me tentavam me humilhar de todas as formas, o meu trabalho que era um lugar no qual eu me sentia feliz em estar, já não era mais a mesma coisa. Agora eu acordava sem nenhuma vontade por o pé lá, pois sabia o que eu tinha que enfrentar ao chegar lá, ainda bem que eu podia contar com o senhor Ricardo quando eu estava na lanchonete, agora ele passava quase o meu expediente inteiro lá só para me fazer companhia e quando o velho porco era grosseiro comigo ele sempre me defendia, Jim já não me tratava mal na frente dele, porque da primeira e única vez que fez isso teve que ouvir poucas e boas. Não me esqueço dele falando "Cale a boca garotinha safada", ela ficou furioso com as palavras dele, mas entendeu que ele não era como os outros moradores da cidade que ela conseguiu enganar. - Arrumo as caixas de novo no mesmo lugar e tento não mais pensar no passado e principalmente em tudo o que Jim estava fazendo agora, pego o telefone e ligo para Nicol e combinamos de almoçar juntas num aconchegante restaurante rustico da cidade. 

Segunda chance para o AmorWhere stories live. Discover now