capítulo 5

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—Finalmente te encontrei, amor

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—Finalmente te encontrei, amor...
—Ponho a mão no seu ombro, e num ato ousado dou um beijo em sua bochecha. —Estava com saudades!

Quando o vi numa conversa, que com certeza resultaria em algo a mais, com uma bela morena, não pensei duas vezes. Agi. Há muito tempo aprendi que não precisamos esperar o prato esfriar, para nos deliciarmos com a vingança.

Ela quente também pode ser bastante suculenta...

Miguel me fita embasbacado, parecendo não acreditar no que estou fazendo. Sorriu dócil, e me viro para a mulher que parece genuinamente confusa.

—Querido, eu sei que concordei em termos um relacionamento aberto...— Começo, os olhos levemente cerrados.
—Mas não acha que já chega? Ela é a amante... Número 8?

A mulher arregalou os olhos, e fitou o homem ao meu lado. A cor que tinha sumido do seu rosto, voltou com força total. Ela estava vermelha, e seus olhos faiscavam, mas eu não estava satisfeita.

—Sophia... —Balbuciou.

—Entenda, amor... Eu não estou reclamando. Compreendo que você tenha a suas necessidades, e que eu não sou capaz de suprir —Fito os seus olhos verdes embasbacados, esforçando-me ao máximo para me manter seria. —Mas o nosso casamento está próximo, e eu estou tão frágil... Você prometeu que iria respeitar isso!

As lágrimas escorrem, e eu enxugo com as costas das mãos, totalmente desolada. A mulher parece aturdida, mas logo faz o que eu esperava. Se aproxima de Miguel, e desfere um tapa estalado em seu rosto.

—Seu cretino!

Contenho o riso, e choro ainda mais.
Miguel me olha, e de repente já não acho mais graça. O lado esquerdo do seu rosto está vermelho, e os seus olhos envoltos por uma nuvem escura. Ele segura-me por um dos braços, e me puxa para longe, enquanto a mulher continua a chingá-lo e a me aconselhar.

— O que foi isso? Você está louca?
—Questiona–me, quando estamos num lugar mais reservado.

—Como assim? Não sou sua namorada? Sinto muito, amor... Mas não tenho vocação pra ser corna.
—Debochada, esclareço toda a cena que acabei de criar.

Ele me encara atônito, incrédulo, mas logo entendimento se passa pelo seu rosto. E contrariando todas as minhas expectativas, ele não se irrita. Para minha surpresa, Miguel abre um sorriso de canto, malicioso, entrando no meu jogo.

—Ciúmes, meu doce? —Questiona, e não controlo o riso ao ouvir o apelido ridículo. —Não se preocupe. Certas coisas eu guardo só pra você...
—Morde um dos lábios, e eu percebo tarde demais o que ele realmente quis dizer com tais palavras.

Juntos por um Golpe Where stories live. Discover now