capítulo 29

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Assim que as luzes do salão  apagaram-se, e somente o palco era iluminado, me preparei

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Assim que as luzes do salão  apagaram-se, e somente o palco era iluminado, me preparei. A hora é essa, não há momento melhor. Respirei fundo, e eliminei qualquer sinal de nervosismo. Precisava de toda calma e concentração que pudesse reunir. Senti minha mão ser apertada e o olhar que o Miguel me lançou acalmou-me ao mesmo tempo que me preocupou.

Era como se ele dissesse " Tudo bem, eu sei que consegue, mas se não conseguir eu vou estar aqui!"
Mas eu não podia falhar, muita coisa dependia de mim nesse momento.

Os meus passos eram silenciosos e precisos, pouca gente notou a minha movimentação. Andei até o fundo do salão e lá estava a enorme escadaria de mármore, e em frente a ela um enorme homem fazia a segurança. Andei confiante até ele e acenei, recebendo o mesmo cumprimento de volta. Marcus o seu nome, ele era um dos infiltrados do Miguel aqui dentro, e estava responsável por não deixar mais ninguém subir enquanto eu estivesse lá.

Quando estava no meio dos degraus, afastei mais a fenda do meu vestido, dando uma boa visão de uma das minhas pernas, mas de modo que a arma ainda ficasse escondida.
Cheguei no topo, e o segurança que se encontrava ali, logo saiu do seu posto, vindo rapidamente até mim.

—Han, senhorita... —Começou, tendo seu olhar exatamente onde queria, sorri interiormente. —Me desculpe, mas a senhorita não deveria estar aqui. É proibido. —Recuperou-se, e falou o que eu já esperava, mas se calou, quando ergui a mão num claro sinal de pare.

—Senhora. E você não se dirija a mim. —Disse, com claro desdém, conseguindo transmitir perfeitamente o nojo que queria em minha voz. —Se chama Louis? —Perguntei, mas ele claramente ficou confuso se deveria responder ou não. No entanto, acabou decidindo-se pelo sim, fez de maneira quase inaudível, e até baixou os olhos.

—Sim, senhora! Mas torno a dizer, a vinda aqui é proibida.

—Calado. Sabe quem eu sou? —Fui extremamente dura e grosseira, e vi o homem que dava dois de mim se encolher perante a minha presença.

—Não, senhora!

—Pois nem queira saber. —Disse ácida. —O senhor Leonardo está te esperando no escritório, do terceiro andar. Acho bom você andar logo, se não quiser se envolver em mais problemas. — Dei a entender que ele estava encrencado, e o homem arregalou os olhos, pedindo licença e subindo o outro lances de escadas como um raio.

No andar superior, tinha outra pessoa que cuidaria para que ele nunca falasse nada do que aconteceu. Não sei o que seria feito, mas deixei claro para o Miguel que não queria estar envolvida com mortes, espero que ele tenha me ouvido.

Com Louis fora do caminho, parti para o escritório. E como nada acontece como planejado comigo, arregalei os olhos para a cena proibida para menores que se desenrolava ali dentro.

Um casal agarrava-se, de uma maneira bem estranha, devo dizer, em uma das poltronas, e para o meu azar já haviam começado a tirar as roupas. Cerrei os olhos, e prestei atenção no homem, lembrando-me vagamente de ter sido apresentada a ele mais cedo. E não só isso, definitivamente eu chamei a sua esposa de adorável. E ela não é essa mulher que o monta neste momento.

Juntos por um Golpe Where stories live. Discover now