Capítulo 42

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"Bela é pouco

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"Bela é pouco. Personificação de Afrodite faz mais jus a sua pessoa.
Mal posso esperar, para tê-la a minha mercê. "

Mais uma mensagem. A terceira em menos de vinte quatro horas.

Um jogo fodido. Pra Antony tudo isso não passava de um maldito jogo. E ele estava adorando diverti-se as minhas custas.

—E então? —Questionei os três homens que a pouco adentraram o  escritório. Todos tinham expressões culpadas e temerosas, e não precisaram dizer nada para que tivesse minha resposta. —Porra! Vocês são todos uns inúteis! —Gritei, e como se fosse um ato ensaiado, os três abaixaram a cabeça. Aumentando a minha frustração.

—Eu quero informações. E quero AGORA. Só voltem aqui com a localização do desgraçado!
—Berrei, olhando nos olhos de cada um, não importava-me se parecia descontrolado. Queria mesmo que eles se sentissem como eu, acuados.
—Vão!

A porta foi fechada, e eu não me controlei. Joguei a primeira coisa que encontrei na parede. Um jarro caríssimo. Bufava mais que um touro enjaulado, a minha respiração era ruidosa, e não conseguia parar de tremer.

—Você precisa se acalmar! —Ouvi Tomás dizer, e por pouco não o mandei ir se ferrar. —Sophia não iria gostar de te ver desse jeito.
—Completou, e o que havia me restado de controle evaporou.

—Sophia não está aqui. Está acorrentada, feito um animal!
—Berrei, o que mais estava me incomodando, e fazendo o meu coração sangrar com a dor da culpa.

Além das mensagens, o maldito também fez questão de mandar-me uma foto, em que a minha namorada estava presa por uma corrente, e aparentemente desacordada no chão. Tão frágil, e indefesa...

—E é exatamente por isso que você precisa se acalmar! Precisamos acha-la.

-—É tudo que tenho feito, nas últimas 24h. Movendo céus e terra para encontrá-la. —Coloquei todos, e mais um pouco nisso. Estava virando a cidade de cabeça para baixo, mas ainda não tinha nada.

—Gritando com meio mundo, e berrando com a outra metade. Você não come, não dormi... Parece um zumbi ambulante. —Lancei-lhe o meu melhor olhar mortal. Não iria suportar as suas brincadeiras idiotas agora.

—A minha namorada foi sequestrada!
E você está preocupado se tenho dormido? —Indaguei, incrédulo.
—Pior, com a minha aparência?
—Gritei, eu já não tinha controle de mim mesmo, beirava o meu limite.

Tomás suspirou, entendia a atitude do amigo, mas acima de tudo sabia que não conseguiriam nada se ele continuasse desse jeito. Precisava do Miguel racional, aquele que enxergava nas entrelinhas, e via o que ninguém mais era capaz.

—Você está descontrolado. Está tão desesperado, que nem sequer pensou na hipótese deles não estarem mais aqui. Colocamos Catânia de cabeça para baixo, e não achamos nada. Porque será? —Disse Tomás, e foi como se uma luzinha acendesse na cabeça de Miguel.

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