capítulo 30

571 84 12
                                    

Sim, eu estou postando um segundo capítulo. Aproveitem!

O céu estava escuro, nenhuma estrela atreveu-se a ilumina-lo naquela noite, e a chuva tomou conta, deixando o clima ainda mais frio

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

O céu estava escuro, nenhuma estrela atreveu-se a ilumina-lo naquela noite, e a chuva tomou conta, deixando o clima ainda mais frio. O barulho das gotas abafava o choro sofrido, que ecoava no automóvel.

Sophia aproveitava o conforto dos braços de Miguel para despejar toda frustração acumulada durante anos. Mostrava sem nenhum receio as feridas abertas, que sangravam, como se tivessem sido feitas naquele momento. Não existia vergonha ou medo de reprimenda, ela somente compartilhava o grande peso que carregou por anos sozinha.

Há muito, Miguel havia parado de falar. Agora tentava somente com gestos conforta-la. Mostrar que estaria lá por ela, não importando quem ou o quê resolvesse voltar do seu passado. Seria seu porto seguro, protetor. Cuidaria dela.

Esgotada mentalmente, Sophia acabou por adormecer, e Miguel respirou aliviado, ao ver que pelo menos em sono ela parecia tranquila.
O resto do caminho foi feito num silêncio pesado, carregado. Assim que chegaram, o motorista foi rápido em abrir a porta para o patrão.

—Precisa de ajuda, senhor?
—Perguntou Albert, com as feições preocupadas. Miguel suspirou.

—Não, consigo sozinho. Obrigado!
—Balbuciou.

Entrou com a mulher nos braços, e lembrou-se da primeira vez que fez a mesmo. Tudo era muito parecido, mas tão diferente ao mesmo tempo. Desde a primeira vez sentiu que devia protegê-la, e não poderia estar mais certo. Ela parecia estar sendo consumida por seu passado, e ele tinha que trazê-la de volta para o presente, onde ele estava.

Subiu as escadas, e chegou no quarto, a intenção era acomoda-la na cama, mas percebeu que está já havia despertado. Então rumou para o banheiro, esperava que o ditado popular tivesse um fundo de verdade, e um banho fosse realmente capaz de lavar a alma.

A colocou sentada no balcão, enquanto começava a tirar sua roupa. O silêncio não o agradava, frustrava na verdade. Queria que ela falasse com ele, ou até mesmo gritasse, que tivesse qualquer reação, mas não se isolasse.
Temia não ter sido eficaz na tarefa de passar segurança para ela, e agora não ter sua confiança.

Ligou a banheira, e checou a temperatura, quando sentiu que estava bom, a colocou dentro, sentando-se junto.
Sophia relaxou quase que instantaneamente, apoiando suas costas no peito dele, e jogando a cabeça para trás, quando ele passou a massagear seus ombros.
Parecia que ela carregava o peso do mundo nas costas, e que isso era sua obrigação. Parecia que ela era o maldito problema.

Suspirou frustada, ao mesmo tempo que queria, temia. Sabia que o Miguel esperava por alguma explicação, mas estava relutante em ceder. Tinha medo de sua reação e total consciência que a conversa não poderia ser adiada. Ele deveria saber tudo o que ela passou, e decidir se queria uma mulher quebrada do lado.
Era um direito seu.

Juntos por um Golpe Onde as histórias ganham vida. Descobre agora