capítulo 44

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O homem sentiu seu corpo gelar, o coração acelerar, e a respiração falhar

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O homem sentiu seu corpo gelar, o coração acelerar, e a respiração falhar. O mundo parou.

—Não, não... Por favor, não.
—Sussurrou incoerente, e trouxe o corpo feminino desacordado para ainda mais próximo do seu, soltando um gemido agoniado, quando o sentiu gelado. Tirou os fios loiros que grudaram em sua testa e o atrapalhavam, e viu o quanto ela estava pálida. As feições ausentes.

—Não, Sophia.... Não faz isso comigo!
—Pediu, enquanto a ajeitava melhor no seu colo. As mãos trêmulas tocavam-lhe todo o corpo, passeando em desespero, quando ele as sentiu molhadas. Um líquido vermelho e viscoso.

Sangue.

No primeiro momento, não se permitiu o pânico, pensando que pertencia a Michele, mas logo viu que eles vinham de entre as pernas de Sophia, e escorriam pela extensão delas.

Arfou.

Os seus pensamentos voaram, mas ele não tinha tempo para suposições. Sophia era sua prioridade, seu tudo, ele tinha que cuidar dela, não fantasiar idéias.

Correu para fora, e nem pensou que pudesse ser perigoso. Vê-la daquela forma, doía. O afetava, como nenhuma das torturas que já foi submetido conseguiu. A agonia era tamanha, que ele mal enxergava o que acontecia ao seu redor, assim conseguindo passar do lado de Tomás, sem realmente vê-lo.

O pior já foi. Pensou Tomás, verificando se ainda havia alguém no perímetro, quando um vulto passou do seu lado quase o derrubando. Rapidamente ergueu a arma, pronto para atirar em quem logo reconheceu.

—Miguel?

—O carro, Tomás!! — Gritou, sem nem olhar para trás. Não dando nenhuma outra opção que não fosse seguir-lo.

Tomás não entendeu, somente quando colocou os olhos em Sophia.
Esquecendo de tudo, antes tão importante, que tinha para falar. No momento, ela era prioridade, e ele apressou-se para abrir a porta. Arrancando com o carro assim que os três estavam dentro.

Lá fora, o trânsito era caótico. Com todas as suas buzinas e gritos de motoristas irritados, ainda assim parecia mais em ordem que a cabeça de um dos ocupantes do automóvel.
O pulsar constante nem o incomodava mais, parecia nada comparado a dor latente em seu coração.

—Meu amor... Abra os olhos pra mim!
Soph, não me deixe... Não me deixe.
—Pediu Miguel, e a abraçou. Deixando um beijo casto nos lábios que costumavam ser rosinhas e quentes, mas que agora estavam frios e sem cor.

—Você não pode me abandonar, não agora que eu acho que... —Calou-se, sentindo seus olhos encheram de lágrimas só de pensar na possibilidade. —Eu não sei viver sem você. Você é o meu mundo, Sophia.

Ele era vazio, escuro e triste. Mas ela o encheu de luz, alegria e esperança. O transformou em um lugar bonito, em um lar. Miguel não estava preparada para perder tudo isso.

Juntos por um Golpe Where stories live. Discover now