capítulo 33

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A cada metro percorrido, e a cada novo lugar reconhecido Sophia sentia suas mãos suarem e o seu coração acelerar

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A cada metro percorrido, e a cada novo lugar reconhecido Sophia sentia suas mãos suarem e o seu coração acelerar. As ruas sujas, cheias de becos e com um cheiro nada convidativo era familiar demais.

Ela sabia que estava onde jurou nunca mais voltar. Onde prometeu a si mesma que jamais voltaria a pisar.

Mas ali estava ela.

Com lágrimas nos olhos e respiração ruidosa lembrando-se de como foi estar no fundo do poço. De como foi morar naquelas vielas e dormir naquele chão.
Agoniada, voltava a encarar o cenário da maior parte dos seus pesadelos. A esquecida parte sul de Londres.

Mesmo sendo uma criança, quando se viu sozinha, sabia que não poderia simplesmente escolher uma praça qualquer para passar as noites, precisava de um lugar onde fosse invisível. Então refugiou-se ali, ficava encolhida num canto, e na maioria dos dias não era notada, mas quando era... Passava as próximas noites sem conseguir adormecer. Não era bom respirar esse ar novamente, no entanto, era preciso.

Estava nervosa, e isso era evidenciado pelo balançar frenético de suas pernas. O silêncio de Carter e Connor também não ajudava. Eles não a questionaram, sequer a cumprimentaram. E mesmo sabendo que aquilo deveria ser uma espécie de castigo pela fuga do outro dia, Sophia os questionou, mesmo temendo ser ignorada.

—Estamos chegando?
Os dois se entreolharam antes de Carter finalmente virar-se para ela. Ele parecia ser o mais sociável, e com certeza era menos ameaçador que Connor. Constatou Sophia, sabendo  que Miguel os escolheu a dedo para ela.

—Sim, senhora! O endereço que nos deu está próximo. —Disse, e logo  virou-se pra frente. Deixando-me sozinha com os meus pensamentos de novo. O que dizer? Eu não sabia. Mas tinha que descobrir logo, afinal não poderia bater na porta e simplesmente levar a menina. Mesmo essa sendo a minha vontade.

—É aqui, senhora!

A casa que ele apontou muito provavelmente era menor que o meu atual quarto. As portas e janelas eram de uma madeira tão envelhecida que parecia se desfazer com um simples toque. Por fim, as paredes pichadas completavam o cenário.

—Eu preciso resolver um assunto. Fiquem por perto,e não interfiram. A não ser que estejamos em perigo.
—Instrui, e sai do carro com eles
no meu encalço. Está frio, então aperto mais o casaco em meu corpo, enquanto caminho até a residência.

Bato na porta, não uma, ou duas, mas inúmeras vezes. Além dos vizinhos que espreitam pela janela, nada acontece. Então olho para os meus seguranças, pedindo ajuda. E logo eles o fazem. Passam na minha frente, e é Carter que gira a maçaneta, que está aberta.

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