capítulo 52

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4 meses depois

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4 meses depois...

-Wow!!! O que aconteceu com você?
Está tão... Cheia!

Foi a primeira coisa que escapou da boca de Tomás, quando a porta foi aberta, e ele teve uma visão completa da loirinha. Parecia que ela tinha dobrado, ou melhor, triplicado de tamanho em poucos meses. De olhos arregalados, pensou em perguntar se ela havia engolido uma melancia inteira, quando notou o olhar assassino que era lhe destinado. Imediatamente percebeu o erro que cometeu, e tentou concertar.

-Quer dizer... Não é bem assim... Você...

-É bom te ver também, Tomás.

Ácida, respondeu Sophia. Soltando a porta, e quase atingindo-lhe o rosto.
Se soubesse que era ele a visita, nem teria se dado ao trabalho de levantar.
No seu estado aquilo era um esforço e tanto, e Tomás não merecia. Voltou a sentar no sofá, ignorando totalmente a sua presença.

-Quem é, amor? -A voz soou ao longe, e ela bufou. Será que uma grávida não poderia ter um pouquinho de paz?

-Venha até aqui e verá. Não é tão difícil, Miguel!

Na cozinha, o homem sorriu. Tinha se acostumado, e até se divertia com suas respostas atravessadas que se tornaram cada vez mais frequentes.
A gravidez tinha a deixado muito sensível, e tornado as coisas intensas. Na mesma hora que berrava ordens, ela chorava como um bebê desmamado. E poderia até parecer louco, mas ele achava essa crises bonitinhas.

-Não seja má comigo, amor!
-Brincou, logo ouvindo os resmungos dela.

-Vá se ferrar!

Terminou de colocar as torradas que fez no prato, e caminhou para a sala. Queria ver quem tinha chego, já que não esperava nenhuma visita, além de encher a boca suja da sua quase esposa de beijos.

Na sala, a situação era tensa. Tomás ainda permanecia de pé, com medo até de respirar errado. Tinha presenciado a discussão do casal, e não entendeu muita coisa. Só que Sophia tinha engordado muito, e estava irritada. Imediatamente pensou que não tinha que lidar com aquilo, a sua obrigação era com o bebê, bem grande, que ainda estava na barriga. A mulher era ossada de outra pessoa. Deu as costas, e estava prestes a ir embora, quando ele apareceu.

-Tomás? -Miguel cerrou os olhos, estranhando a presença do amigo. Depois da discussão que tiveram, ele viajou, e era a primeira vez que se viam desde então. -Eu não sabia que já tinha voltado...

-E aí, cara! A Itália ficou pequena para mim, sabe como é né...

Os dois se aproximaram com a intenção de trocar um abraço, mas escolheram fazer isso na frente da tevê que Sophia assistia. Não foi uma boa idéia.

-Será que dá para vocês saírem da minha frente? -Brigou ela, e os dois homens se afastaram num pulo.
-Ótimo, muito obrigada!

Perdido, Tomás olhou para Miguel, buscando entender aquelas atitudes.
O que diabos aconteceu com a loirinha gentil? Era basicamente o que tentou perguntar, por meio do olhar, e com gestos nada discretos. Miguel suspirou, e o chamou para o escritório.

Juntos por um Golpe Where stories live. Discover now